O antigo Primeiro-ministro do Governo proveniente do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, Rui Barros, foi interpelado esta quinta-feira, 18 de Setembro, pela justiça da Guiné-Bissau.
Rui Duarte Barros responde pelo Processo n.º 455/2013 sobre o modelo adoptado pelo seu Governo na privatização da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB) assim como o caso de espancamento do então ministro dos Transportes e Telecomunicações, Orlando Veigas.
À saída da audiência que durou 180 minutos, Rui Barros, que costuma ter uma atitude pouco cordial para com a imprensa, não respondeu às questões que lhe foram colocadas sobre os motivos da sua comparência junto da Delegacia da Vara Crime do Ministério Público, em Bissau.
«Não vou responder a nada, não vou responder a nada», disse o ex-Primeiro-ministro, empurrando a porta da sua viatura contra os jornalistas.
Este pode ser um dos vários processos-crime contra os autores do golpe de Estado na Guiné-Bissau, que nos últimos anos mergulhou o país numa situação difícil, com espancamentos de cidadãos, assassinatos e longos períodos de salários em atraso.
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