A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, lamentou no último sábado (27) a morte dos jornalistas Facely Camara, Molou Chérif e Sidiki Sidibé, que cobriam uma missão de ajuda ao ebola no sudeste da Guiné.
No dia 16 de setembro, Facely Camara, repórter da rádio Liberté FM, Molou Chérif, técnico na estação de rádio local da província rural de N’Zérékoré, e seu colega de trabalho Sidiki Sidibé, acompanhavam o trabalho de uma equipe de cinco especialistas que informavam as pessoas sobre o vírus ebola nesta província. Os corpos das oito vítimas foram encontrados dois dias depois na aldeia de Womé.
Bokova pediu às autoridades locais para investigarem a fundo o assassinato da equipe e protegerem aqueles que trabalham para sensibilizar e educar as pessoas sobre o vírus mortal, um passo fundamental na prevenção da propagação da doença que já afectou mais de 6.500 e matou mais de 3.000 em toda a África Ocidental.
“Com a disseminação do vírus do jeito que está, o papel da mídia de fornecer informações actualizadas e relevantes à população é mais importante do que nunca. Este crime não pode ficar impune. Jornalistas devem ser capazes de continuar seu trabalho vital”, ressaltou Bokova.
A ONU intensificou suas acções para combater o surto de ebola com a criação da Missão das Nações Unidas para a Emergência do Ebola (UNMEER), que será baseado em Acra, capital de Gana, e tem escritórios em Guiné, Libéria e Serra Leoa, os três países mais afetados pela doença. O chefe da UNMEER, Anthony Banbury, deve iniciar seu trabalho em Gana no início da próxima semana.
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