O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, exonorou hoje o general António Indjai do cargo de Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, de acordo com um decreto presidencial.
O líder militar esteve à frente do golpe de Estado de 2012 e a sua substituição era admitida por círculos políticos e militares na sequência da eleição de novas autoridades, que tomaram posse em junho e julho.
"É o general António Indjai exonerado do cargo de Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas. Este decreto entra imediatamente em vigor", referem os dois únicos artigos do decreto presidencial lido às 21:30 locais (22:30 em Lisboa) na Rádio Difusão Nacional.
António Indjai foi um dos líderes do golpe militar de 12 de Abril de 2012, mas a sua notoriedade começou aquando da Guerra civil que assolou a Guiné-Bissau entre Junho de 1998 e Maio de 1999.
O general António Indjai esteve à frente da chefia militar guineense desde Junho de 2010, quando foi nomeado pelo então Presidente da República, Malam Bacai Sanhá.
Actualmente, existe um mandado de captura internacional contra António Indjai, acusado de tráfico de droga e de armas. Um caso tornado público depois da detenção pelos Estados Unidos do antigo Chefe do Estado-Maior da Marinha da Guiné-Bissau, o contra almirante Bubo Na Tchuto detido a 2 de Abril de 2013, juntamente com quatro guineenses, por agentes do departamento anti-droga dos EUA (DEA).
Em 2012, António Indjai tinha sido incluído na lista de indivíduos alvos de sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, por ter alegadamente protagonizado o golpe de Estado de 12 de Abril.
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