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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Parceiros da Guiné-Bissau querem formar grupo de contacto internacional

Seis organizações parceiras da Guiné-Bissau pretendem revitalizar um grupo internacional de contacto e deram instruções a três organizações internacionais, incluindo a CPLP, para operacionalizar a nova instituição.


Numa nota a que a Lusa teve acesso, produzida numa reunião à margem da 69ª. Assembleia Geral da ONU, os parceiros "pedem a revitalização do Grupo Internacional de Contacto da Guiné-Bissau, como um mecanismo eficiente e sustentável de coordenação e pedem à CEDEAO, à UA e à CPLP que tomem os passos imediatos e necessários para a sua operacionalização."

Além da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana (UA) e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), fazem ainda parte deste grupo as Nações Unidas (ONU), a União Europeia (UE) e a Organização Internacional da Francofonia (OIF).

Estes parceiros vão publicar em breve o relatório da terceira missão conjunta de avaliação, que aconteceu entre 15 e 18 de setembro, liderada pela União Africana e que já foi debatido na reunião de há duas semanas.

Na mesma nota, as organizações dizem estar atentas à recomendação de prolongar a missão da CEDEAO no país e "exortam todos os parceiros a dar o apoio necessário".

Quanto à mesa-redonda internacional sobre o futuro do país que se vai realizar no início de 2015, concordaram em "mobilizar apoio, sobretudo a nível do apoio técnico" que o governo guineense precisará para realizar um encontro deste nivel.

Os parceiros consideram prioritária a implementação do novo programa para o setor da defesa e segurança e "encorajam o governo da Guiné-Bissau para realizar todos os esforços necessários para as reformas, sobretudo nas áreas de defesa e segurança, lutar contra a impunidade, pelo desenvolvimento económico e pela reconciliação nacional."

Desde maio que a Guiné-Bissau tem um Presidente e um Governo eleitos, após um golpe de estado em 2012 que havia colocado no poder um executivo não reconhecido por grande parte da comunidade internacional, em particular pela CPLP.

"Felicitamos também o novo governo inclusivo [...] e registamos os progressos conseguidos nas áreas de segurança, estabilidade política e priorização das reformas em três fases", indicam ainda os parceiros do país africano.
 
 
 

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