A greve foi convocada pelo Sindicato Democrático dos Professores (Sindeprof), mas é contestada pelo Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof), que considera a paralisação inoportuna, uma vez que um novo Governo acabou de entrar em funções.
"Não estamos de acordo com uma greve de professores neste momento. O Governo tomou posse no dia 13 e no dia a seguir é confrontado com um pré-aviso de greve. Não podemos compactuar com isso", disse à Lusa Luís Nancassa, presidente do Sinaprof, cujos associados, afirma, não observam a paralisação laboral.
A Lusa constatou que várias escolas públicas de Bissau funcionaram normalmente no período da manhã desta segunda-feira, dia em que o novo ano lectivo arrancou na Guiné-Bissau.
Para Laureano Pereira, presidente do Sindeprof "faz todo sentido" fazer greve geral de 30 dias para exigir do Governo o cumprimento de sete pontos de um memorando rubricado com o seu sindicato em junho - quando ainda estava em funções o executivo liderado por Domingos Simões Pereira, entretanto demitido pelo Presidente da República.
Dos sete pontos, disse Laureano Pereira, "nenhum foi cumprido", pelo que a única forma de protesto é a greve geral, sublinhou.
"Não podemos ter uma lei que está a ser violada. O Governo diz que não tem mil francos CFA (um euro e meio) para pagar aos professores mas [cada membro do executivo] recebe, como subsídio de representação, três milhões" de francos CFA (4.600 euros), acusou.
Os mil francos de que fala o líder do Sindeprof são relativos ao subsídio de diuturnidade (anos de serviços) que o Governo se comprometeu a pagar a cada professor.
Além daquele subsídio, o sindicato também reivindica a aplicação do estatuto da carreira docente - uma lei que diz ter sido aprovada em 2011.
O sindicato exige ainda a requalificação e ingresso no quadro de efectivos de vários professores.
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