Serifo Nhamadjo justifica motivo do golpe de Estado a Xanana Gusmão
O Presidente de transição, Manuel Serifo Nhamadjo, justificou a Xanana Gusmão a razão do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, este Domingo 6 de Outubro, no âmbito da visita do Primeiro-ministro timorense à Guiné-Bissau.
Segundo o Presidente de transição guineense, a subversão da ordem constitucional no ano passado deveu-se à presença da Missão Militar
Angolana na Guiné-Bissau (MISSANG).
Manuel Serifo Nhamadjo fez este esclarecimento durante o encontro que manteve com o Primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, no Palácio da República: «A quarta legislatura foi interrompida porque existia uma contradição, em que a nossas forças armadas pediram às forças armadas estrangeiras, que estavam mais equipadas, que entregassem os equipamentos militares ou os mandassem de volta à procedência, para que a coabitação entre as partes não fosse de desconfiança, o que foi o caso», esclareceu Nhamadjo.
Serifo Nhamadjo desmentiu que as reclamações dos resultados eleitorais fossem o motivo do golpe de Estado: «Hoje a sociedade guineense vive uma situação extremamente difícil, momentos mais dramáticos onde reina a incompreensão e a impaciência», reconheceu o Presidente de transição, que falou de uma forma endereçada às recentes declarações de António Indjai contra Rui Barros, atacando a imprensa por ter noticiado factos desta natureza durante um ano.
«Na democracia existem debates e os guineenses estão habituados. Ao contrário, no outro mundo, os deputados atiram cadeiras uns aos outros mas isso não é alvo de notícia, como acontece na Guiné-Bissau», disse Nhamadjo.
Durante o encontro, o Presidente de transição atribuiu a medalha de solidariedade e cooperação entre a Guiné-Bissau e Timor-Leste.
Xanana Gusmão termina a visita ao país esta quarta-feira, 9 de Outubro.
(in:pnn)
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