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Joseph Pulitzer

terça-feira, 18 de março de 2014

Sonhar. Sim ou não ??

Não existem razões para sonhar!


Possuímos um governo sem legitimidade política, paralisado, sem argumentos, desacreditado, politicamente condenado e derrotado, isolado, que se arrasta, sem condições políticas para se manter em funções. Vendo o terreno a fugir-lhe debaixo dos pés com as eleições que se avizinham, numa corrida contra-relógio, tenta por todos os meios precipitar medidas, criando vários negócios ilícitos, tais como entregas de áreas de exploração, entre outros.

Estamos completamente enterrados em dívidas e vivemos de esmolas. Do ponto de vista social e político, não existem razões para sonharmos, o sonho acabou.
Sinceramente, não acredito que os vencedores das eleições consigam injectar competência e honestidade neste novo governo que aí vem.

Com tanta mágoa e revolta no ar, é necessário confiança e respeito para se chegar a um compromisso político e isso não existe entre os diferentes partidos. Não é possível chegar a entendimento com políticos sem credibilidade. A priori, o consenso político está esgotado.

Está em jogo a destruição de conquistas históricas dos guineenses. A nossa única alternativa é lutar com todas as nossas forças para impedir que isso aconteça. É uma luta muito dura e difícil, mas não impossível, é possível obter vitórias. Eles não vão parar enquanto não os pararmos. Precisamos de um governo que apresente uma saída ao país, aos seus trabalhadores e à sua juventude.

Na nossa terra existe um descrédito generalizado da opinião pública, em relação à capacidade dos políticos de conseguirem implementar novas medidas de forma a retirar o país da deplorável situação em que se encontra. E com razão, a meu ver.
Ainda, nenhum candidato às presidenciais apresentou o programa de governação. Ao não divulgar o seu programa de forma transparente, estamos perante um político que não está realizando o seu compromisso de proteger o direito de informação dos cidadãos. As pessoas precisam conhecer, para estarem bem apetrechados de informações de modo a poderem discernir e conscientemente escolher o seu candidato.

A ausência de um programa, demonstra que nenhum deles possui uma estratégia delineada e nem sabe qual o rumo a seguir. Todos querem fazer crer que vamos entrar num novo ciclo e todos eles procuram fugir à paternidade da desgraça destes últimos anos. Falam de um novo ciclo económico, o que significa esse novo ciclo económico?

Apesar de pessoas novas e formadas começarem a ganhar protagonismo na arena política guineense, "e ainda bem", ainda nenhum merece a minha total confiança.

Esta eleição nada de novo trará, estamos ainda muito longe de começar a caminhar rumo ao desenvolvimento.

(eng. Otilio Camacho)



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