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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

PM de Cabo Verde apela a Europa para acolher "urgentemente" refugiados

O primeiro-ministro cabo-verdiano apelou hoje aos diferentes países da Europa para criarem "urgentemente" condições para garantir o acolhimento e a melhor inserção dos refugiados, defendendo que, no futuro, podem dar um "grande contributo" para o desenvolvimento do continente. 


Independentemente da questão do tráfico, é preciso criar as condições para que os direitos dessas pessoas sejam protegidos. Penso que é preciso, urgentemente, criar as condições nos diferentes países europeus para garantir o acolhimento e a melhor inserção dos refugiados", apelou José Maria Neves. 

O chefe do Governo cabo-verdiano lembrou que sempre houve grandes migrações, muitos delas protagonizadas por europeus, e deu como exemplo das grandes movimentações de europeus em direção à América Latina, à América do Norte e a África, através do colonialismo e da escravatura. 

"Em todos esses momentos, essas pessoas foram integradas e conseguiram criar condições para viveram com dignidade", lembrou Neves numa conferência de imprensa para anunciar a sua deslocação à Madeira, Lisboa e Estados Unidos a partir da próxima semana.

"Essas movimentações, que têm a ver com o subdesenvolvimento e com os conflitos, têm de interpelar a comunidade internacional, neste caso a comunidade europeia, para que haja condições necessárias para o melhor acolhimento dessas pessoas, que podem vir a constituir uma grande oportunidade para o desenvolvimento da Europa", prosseguiu.

José Maria Neves disse que o contributo de Cabo Verde, país que tem relações privilegiadas com a Europa através da Parceria Especial, será no sentido de apelar a criação de condições para que haja paz no mundo e para que os conflitos sejam resolvidos de forma negociada. 

"Cabo Verde sempre defendeu a paz, a solução negociada dos conflitos. Não vale a pena agir apenas a jusante. É preciso também perguntar as causas dessas movimentações humanas, que têm a ver com a pobreza, conflitos, com a ausência de paz e de condições para que as pessoas vivam com dignidade e de forma mais junta e mais equitativa", ressalvou.

O chefe do Governo cabo-verdiano recordou que o mundo já teve o muro de Berlim, que dividia blocos ideológicos diferentes, e agora há países que erguem muros para "separar o mundo rico do mundo pobre, o mundo desenvolvido do mundo subdesenvolvimento". 

"Temos de ter um mundo sem muros. Esta deve ser a grande ambição da humanidade", concluiu o chefe do executivo cabo-verdiano.





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