A cada novo episódio, o incidente Sírios-TAP-Bissau, em lugar de caminhar para uma desejável resolução, vai ganhando contornos cada vez mais rocambolescos. Ontem, ao mesmo tempo que o procurador-geral da República guineense anunciava que ia instaurar um processo disciplinar ao director da PJ local por este se recusar a prender o ministro do Interior (que continua impavidamente em funções depois de ter posto o lugar à disposição – foi ele quem deu a ordem à TAP para que os sírios com passaporte falso seguissem para Lisboa), o ministro de Estado e da Presidência da Guiné resolveu acusar Cavaco Silva de ter um posicionamento “extremamente infantil” face ao caso. É curioso que tal acusação parta de um governante cimeiro de um país onde os políticos, ou os militares investidos em políticos, não têm feito outro coisa senão brincar de forma perigosamente infantil com os destinos do seu povo. Haverá mais episódios.
(in.publico)
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