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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Presidente aguarda decisão sobre demissão dos ministros envolvidos no caso TAP

O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, disse hoje que aguarda pela decisão do primeiro-ministro para tomar uma posição sobre o pedido de demissão de dois ministros envolvidos no embarque forçado de sírios num avião da TAP.



Os ministros dos Negócios Estrangeiros, Delfim da Silva, e do Interior, António Suca Ntchama, colocaram na semana passada os lugares à disposição, mas até hoje ainda não foi tomada nenhuma decisão.

"O Governo é dirigido por um primeiro-ministro e consequentemente será ele a enviar ao Presidente as propostas de substituição ou não dos ministros demissionários. Eu, da minha parte, cumprirei as minhas obrigações desde que sejam propostas concretas do Governo", disse Nhamadjo.

O Presidente de transição guineense fez estas declarações aos jornalistas a margem das cerimónias da entrega oficial das novas instalações do Instituto Nacional de Saúde, construídas pela China.
Na cerimónia, esteve presente o ministro demissionário dos Negócios Estrangeiros, Delfim da Silva. Questionado pela agência Lusa sobre a sua situação no Governo, Delfim da Silva afirmou que "continua a aguardar" pela resposta do Presidente sobre o seu pedido de demissão.
O ministro do Interior demissionário, António Suca Ntchama, não esteve presente na cerimónia.

Uma comissão de inquérito instituída pelo Governo de transição apontou o ministro do Interior como tendo sido o responsável principal pelo embarque forçado de 74 sírios com passaportes falsos no voo da TAP para Lisboa no dia 10 de Dezembro.
O ministro teria feito "pressão via telefónica" ao pessoal da TAP, incluindo à tripulação. Para se apurar as suas eventuais responsabilidades criminais no incidente, Suca Ntchama foi ouvido no Ministério Público na segunda-feira, mas ainda desconhece qual o veredicto da justiça.

O nome do ministro dos Negócios Estrangeiros não foi referenciado nas conclusões do inquérito, mas Delfim da Silva decidiu apresentar o seu pedido de demissão do Governo de transição por desacordo com o que o diz ser um escândalo diplomático entre a Guiné-Bissau e Portugal.
O Governo português já pediu às autoridades guineenses que tirem "consequências" deste incidente, na sequência das conclusões da comissão de inquérito.

(in:lusa)
 

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