Guiné-Bissau anuncia que vai criar companhia aérea
A Guiné-Bissau prepara-se para "muito brevemente" criar a sua própria
companhia aérea, anunciou o presidente do conselho de administração da
Agência de Aviação Civil, Nuno Na Bian.
Sem apontar datas nem outros
detalhes, aquele responsável afirmou, no domingo, que o Governo de
transição "está a trabalhar afincadamente" na concretização da ideia.
"Como
se pode ver recentemente, a TAP cancelou os voos para Bissau. Temos
problemas para ter voos para Dacar. Este governo de transição, em
colaboração com outras instituições, tem vindo a trabalhar na busca de
soluções", observou Na Bian.
As declarações surgem depois de
autoridades guineenses terem forçado a tripulação da TAP do voo Bissau -
Lisboa de terça-feira a levar 74 passageiros com passaportes falsos
para Lisboa.
A situação foi classificada como um grave incidente
pelas autoridades portuguesas e europeias e levou à suspensão dos voos
directos da TAP entre os dois países.
Sobre o caso, Na Bian remeteu qualquer comentário para o Governo de transição.
Este
responsável pela aviação civil na Guiné-Bissau vê a criação de uma
companhia como resposta para o que diz ser o "isolamento" do país em
termos de transportes aéreos.
"A criação de uma companhia
inteiramente nacional ou em parceria com outras companhias aéreas que
existem pelo mundo, com direito ao tráfego [aéreo], com o nome da
Guiné-Bissau, é uma saída", defendeu Nuno Na Bian.
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