COM O TEMPO UMA IMPRENSA CÍNICA, MERCENÁRIA, DEMAGÓGICA E CORRUPTA, FORMARÁ UM PÚBLICO TÃO VIL COMO ELA MESMO

Joseph Pulitzer

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Em Fevereiro , o Conselho deverá ter um briefing e realizar consultas sobre Guiné-Bissau.



Ação esperada do Conselho 

Em fevereiro , o Conselho deverá ter um briefing e realizar consultas sobre Guiné-Bissau.  

José Ramos- Horta , o Representante Especial do Secretário-Geral e chefe da Missão da ONU Integrado de Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), irá apresentar ao Conselho que considere o relatório do Secretário-Geral de 90 dias para a restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau. Outros palestrantes são esperados, Embaixador Antonio Patriota (Brasil), como presidente da configuração Guiné-Bissau da Comissão de Consolidação da Paz (PBC), e representantes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO ) e a Comunidade dos Países de Língua Português.


É provável que o Conselho emitirá uma presidencial ou uma declaração à imprensa.

Principais Desenvolvimentos RecentesPresidente de Transição Manuel Serifo Nhamadjo emitiu um decreto em 15 de novembro reescalonamento eleições nacionais de 24 de novembro de 2013 a 16 de Março de 2014, marcando a segunda vez que o prazo para restaurar a ordem constitucional seria perdida.Quando Ramos Horta informou o Conselho em 26 de Novembro de 2013, ele relatou uma deterioração da situação dos direitos humanos e de segurança que ameaçou a realização de eleições credíveis. Durante as consultas, ele solicitou ao Conselho que considere visitar Guiné-Bissau para enviar um sinal forte sobre o mantimento para a nova data eleitoral.Em uma declaração presidencial aprovada em 9 de dezembro, o Conselho apelou para as eleições nacionais oportunas e confiáveis ​​e alertou potenciais spoilers de possíveis sanções ( S/PRST/2013/19 ) . A declaração também acolheu um plano da CEDEAO para reforçar a missão da CEDEAO na Guiné-Bissau ( ECOMIB).O recenseamento eleitoral com muito atraso começou em 1 º de dezembro e foi a correr até 31 de Dezembro. O Presidente da Comissão eleitoral, Augusto Mendes, emitiu uma declaração em 17 de Dezembro observando que o processo foi atrasado devido a, entre outros, kits eleitorais insuficiente e formação inadequada dos nacionais da Guiné-Bissau na sua utilização . Ele recomendou um mínimo de 400 kits eleitorais.  
A partir do final de janeiro, havia cerca de 200 kits de funcionamento, compreendendo laptops, webcams, geradores e de impressões digitais e leitores de código de barras, dos quais 150 tinham sido fornecidos por Timor-Leste e 50 pela Nigéria (Nigéria enviou 300 kits totais, mas a maioria não ter trabalhado). Durante as consultas de vários intervenientes no fim de semana de 04-05 janeiro, foi decidido que o registro de eleitores seria prorrogado até 31 de janeiro.Dirigindo-se à mídia em 27 de janeiro, Nhamadjo disse que 72 por cento dos cerca de 810 mil potenciais eleitores, incluindo na diáspora, haviam sido registrados. Ele sugeriu que as autoridades poderiam estender o registo por vários dias, mas não mudaria a data da eleição 16 de março.Mais cedo, Koumba Yalá do Partido de Renovação Social ( PRS ), anunciou em 1 de Janeiro de que ele estava se aposentando da vida política e não iria concorrer à presidência. Yalá teria enfrentado deposto ex- primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior na eleição presidencial de 2012 run-off se não tivesse sido interrompido pelo golpe de 12 de abril, 2012 .Em outros desdobramentos, uma lei de anistia para os golpistas foi reintroduzido na Assembleia Nacional no dia 6 de Dezembro, que em conjunto ainda tem de agir.A tripulação de um avião de passageiros da TAP Portugal foi forçado a embarcar 74 refugiados sírios por parte das autoridades no aeroporto de Bissau em um voo de 10 de Dezembro com destino a Lisboa. Os sírios , que carregavam falsos passaportes de serviço turcos, tinham viajado da Turquia, em seguida, Marrocos à Guiné-Bissau. Depois que desembarcou em Portugal, onde pediu asilo, Portugal suspendeu voos directos para Guiné-Bissau. Num comunicado de imprensa, Ramos Horta descreveu o incidente como provavelmente parte de um anel de tráfico humano. Ministro das Relações Exteriores Guiné-Bissau Fernando Delfim da Silva renunciou, vários dias depois, o ministro do Interior Antonio Suka Tchama, que telefonou pessoalmente funcionários da companhia aérea e exigiu que os refugiados serem autorizados a embarcar, também renunciou. Nhamadjo ainda tem de aceitar os seus pedidos de demissão. Procurador-Geral Abdu Mane ordenou que Tchama fosse preso, mas a polícia não tenha feito isso citando preocupações de segurança.Em 4 de janeiro, Senegal detido uma traineira de pesca russo com supostamente 62 russos e 20 da Guiné-Bissau a bordo. Senegal disse que o navio estava a pescar ilegalmente sem licença em suas águas perto da fronteira com Guiné-Bissau. Ele tinha uma licença de Guiné-Bissau. No relatório do Secretário -Geral novembro, observou-se que os militares Guiné-Bissau tem vindo a negociar licenças de pesca com barcos de pesca estrangeiros ( S/2013/680 ) .Polícia Guiné-Bissau e da Guarda Nacional tentou entrar nas instalações UNIOGBIS em Buba em 16 de Janeiro para procurar Gomes Júnior, que é espalhado boatos para ter retornado ao país. Após cerca de uma hora , eles deixaram depois de ter sido negada a entrada por UNIOGBIS. 
A evolução da Comissão de Consolidação da PazDe janeiro 20-23 , Patriota, como presidente da configuração PBC Guiné-Bissau, visitou o país. A missão foi a intenção de mostrar apoio para as eleições e os esforços do UNIOGBIS, bem como começar a planejar uma estratégia pós- eleitoral para PBC reengajamento. 
Questões-chaveA questão-chave de preocupação para o Conselho a realização de eleições e se a data de 16 março serão cumpridos.Além de completar o recenseamento eleitoral, uma questão imediata chave é a necessidade de a Assembleia Nacional para encurtar vários prazos eleitorais, nomeadamente a exigência de que o recenseamento eleitoral estar concluído pelo menos 60 dias antes das eleições.O clima pré-eleitoral, incluindo a situação dos direitos humanos e mantendo os candidatos e imprensa livre de intimidação, também é fundamental para a realização de eleições credíveis .Pós-eleição pretende apoiar um governo recém-eleito e promover um governo de unidade nacional são considerados importantes, a fim de evitar um novo golpe.Movendo-se para a frente com as reformas estruturais para quebrar o ciclo de interferência militar na política e corrupção é uma questão de longo prazo relacionados.Uma questão emergente parece ser que como substitutos de um declínio nas receitas relatada de tráfico de drogas desde algumas detenções de alto perfil da Agência Antidrogas dos EUA, outras actividades ilícitas têm expandido. (Neste contexto membros podem procurar mais informações sobre redes de tráfico de pessoas ou a pesca ilegal.) 
OpçõesO Conselho pode considerar as seguintes opções :a emissão de uma presidencial ou uma declaração à imprensa reiterando a importância de eleições livres e justas e lembrando potenciais spoilers de possíveis sanções;direcionando Comité de Sanções das Guiné-Bissau 2048 para identificar os indivíduos para novas sanções se Ramos-Horta relatar atrasos intencionais na realização das eleições , e realização de uma missão de visita à Guiné-Bissau.Conselho e Dynamics WiderO Conselho tende a se unir em Guiné-Bissau e segue a liderança da CEDEAO. Com Nigéria tendo ingressado no Conselho em 1 de Janeiro de 2014, os membros podem adiar para suas preferências.Preocupações dos membros do Conselho sobre a situação foram demonstradas pelo aviso de sanções específicas na sua declaração presidencial recente. No entanto, com o registro de eleitores em frente, o Conselho pode continuar a mostrar flexibilidade, se outro atraso das eleições parece provável. Muito vai depender se UNIOGBIS avalia os atrasos como técnico ou intencional.Até o momento, o Comité de Sanções do 2048 não tem sido muito activo. Com Nigéria agora presidindo a Comissão e também de ser o porta-canetas em Guiné-Bissau, bem como equipar a maioria dos ECOMIB, isso pode resultar em uma nova dinâmica e um aumento no foco global sobre Guiné-Bissau no Conselho.CEDEAO tem buscado apoio financeiro e logístico para reforçar ECOMIB mas o P3 tem deixado claro que a CEDEAO deve suportar ECOMIB usando seus próprios recursos.Quanto a um possível Conselho de visitar missão à Guiné-Bissau, vários membros pensam que uma visita será mais apropriado depois das eleições.





E vão três... MULHERES. Um salto em frente

Segundo o blogue "Conosaba", três mulheres se perfilam para a candidatura à Presidência da Republica da Guiné-Bissau

 






quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Construtor civil Abel Incada é candidato do PRS à presidência


Empresário Abel Incada é candidato do PRS à presidência da Guiné-Bissau


O empresário e vice-presidente da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau, Abel Incada, foi escolhido hoje pelo Partido da Renovação Social (PRS) como candidato à presidência da República, disse à Lusa fonte partidária.
De acordo com a mesma fonte, Abel Incada foi escolhido numa reunião da Comissão Política do partido fundado pelo ex-presidente guineense Kumba Ialá.
Incada obteve 79 votos contra 29 do seu concorrente, Sori Djaló, atual presidente da Assembleia Nacional Popular (parlamento guineense).
Ao comentar a decisão dos membros da Comissão Política, Sori Djaló disse que aceita a escolha feita pelo partido, mas considerou ter sido "uma votação de base tribal", sem elaborar.
Para Alberto Nambeia, líder do PRS, a escolha foi feita "de forma democrática" e sem a sua influência.
Nambeia, que será o cabeça-de-lista do PRS nas eleições legislativas marcadas para o mesmo dia, disse ter abandonado a sua prerrogativa de ser candidato pelo partido também às presidenciais.
Nas primeiras declarações enquanto candidato ao cargo de presidente da Guiné-Bissau, Abel Incada prometeu trabalhar "para honrar a escolha" feita na sua pessoa e, se for eleito, pretende promover a unidade e a coesão étnica entre os guineenses.
O empresário no ramo da construção civil disse ainda que, em caso de vitória, vai ser um presidente isento e "árbitro do sistema democrático", mas que trabalhará em cooperação com o Governo para a atração de investimentos para o país.
Abel Incada não quis comentar o facto de o fundador e ex-líder do PRS, Kumba Ialá, ter decidido apoiar Nuno Nabian, candidato independente às presidenciais de 16 de março.


Detido suspeito de homicídio de um comerciante


Autoridades da Guiné-Bissau detêm suspeito de homicídio de um comerciante


A Polícia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau deteve um suspeito de homicídio de um comerciante ocorrido na última noite na capital, Bissau, disse à agência Lusa fonte daquela força de segurança.
A detenção foi feita numa operação conjunta da PJ, Polícia de Ordem Pública (POP) e elementos das forças armadas, acrescentou.
O comerciante foi baleado na loja de que era proprietário e que foi atacada por um grupo de quatro pessoas pelas 21:45 de quarta-feira.
Depois de se apoderarem de alguns valores, os assaltantes dispararam e fugiram numa viatura todo-o-terreno.
Segundo a mesma fonte policial, a vítima ainda procurou socorro, mas acabaria por falecer poucos minutos depois no Hospital Simão Mendes.

O comerciante era natural da Mauritânia e depois do seu funeral, realizado hoje, um grupo de comerciantes daquele país com lojas em Bissau entrou nas instalações do consulado mauritano na capital guineense.
A ação serviu para protestar contra a alegada inércia do cônsul em por termo aos assaltos de que os comerciantes em Bissau dizem estar a ser alvo desde há vários meses.
(in:lusa)




Mais participação política da sociedade civil


União Europeia na Guiné-Bissau quer mais participação política da sociedade civil 

A delegação da União Europeia (UE) na Guiné-Bissau vai promover na sexta-feira um debate público para estimular a participação da sociedade civil na vida política do país, anunciou hoje a organização.
O "djumbai" (que em crioulo significa convívio) está marcado para a Casa dos Direitos, em Bissau Velho, a partir das 10:30 (mesma hora em Lisboa).
Entre outros temas, o programa inclui debates sobre o "quadro jurídico para as intervenções políticas da sociedade civil", assim como "instrumentos políticos das intervenções".
Será também exposta a experiência da Liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau, pelo respetivo presidente, Luiz Vaz Martins.
Esta é a nona edição dos "djumbais" temáticos dedicados à "participação política das organizações da sociedade civil: um contributo que faz diferença" e inclui-se no Programa de Apoio da UE aos Atores Não Estatais (UE-PAANE).
"Os 'djumbais' consistem em levar debates junto da sociedade civil guineense, no intuito de promover a reflexão sobre temas de atualidade, mas também permitir-lhes uma preparação mais ativa e criar bases sólidas para sua participação na vida política", destaca a UE em comunicado.


Brasil é eleito para presidir Comissão de Construção de Paz da ONU

O Brasil foi eleito nessa quarta-feira para presidir a Comissão de Construção da Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014. 

 
A missão é ajudar os países que saíram recentemente de conflitos armados a construir um cenário de estabilidade política e segurança. Na agenda a ser desenvolvida pelo Brasil estão projetos para países como a Guiné-Bissau, o Burundi, a República da Guiné, Libéria, República Centro-Africana e Serra Leoa.

Criada em 2005, a Comissão de Construção da Paz das Nações Unidas visa a auxiliar as nações com cenários ainda frágeis a consolidar sua capacidade de garantir a própria segurança nacional, bem como o desenvolvimento sustentável, com inclusão social.

Em nota, o governo brasileiro informou que pretende promover, durante o seu mandato, maior participação de países em desenvolvimento e organizações regionais e sub-regionais nas atividades da comissão, bem como manter um "engajamento produtivo" no Conselho de Segurança da ONU. Segundo a nota, as atividades lideradas pelo Brasil levarão em conta a "interdependência" entre segurança e desenvolvimento.


Governo de transição da G-Bissau quer mais "cinco ou sete dias" de recenseamento

O Governo de transição da Guiné-Bissau vai pedir ao Presidente Serifo Nhamadjo para prolongar o recenseamento eleitoral, que deveria terminar na sexta-feira, por mais "cinco ou sete dias".

A informação foi hoje avançada aos jornalistas por Batista Té, ministro da Administração Territorial e coordenador do processo de recenseamento que decorre desde 01 de dezembro.
No entanto, apesar do pedido de prolongamento, "as eleições não serão adiadas, de maneira alguma", enfatizou. 

Segundo referiu, já está recenseado 82 por cento dos eleitores previstos (810 mil) e as autoridades de transição esperam inscrever mais cerca de 150 mil, pelo que vão pedir que a operação decorra durante mais alguns dias.
Dos 810.027 potenciais eleitores previstos para serem recenseados, Batista Té referiu que já foram registados 661 mil potenciais votantes no país e nos sete países da diáspora (Cabo Verde, Senegal, Gâmbia e Guiné Conacri, Portugal, Franca e Espanha). 

No exterior, a Espanha é o país em que foi registado o menor número, 232, enquanto em Portugal foram inscritos até hoje 1.577.
O governante disse que se o Presidente Serifo Nhamadjo aceitar prolongar o recenseamento por mais "cinco ou sete" dias, o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) espera atingir o número previsto de eleitores.
No entanto, o ministro explicou que, em certas zonas do país, nomeadamente em Bissau, Gabú e Bafatá, cidades da região leste, há indícios que apontam no sentido de que "as pessoas não querem recensear-se". 

Batista Té frisou que, só em Bissau, existem 83 kits (conjuntos de equipamento informático para recolha de dados de eleitores), mas em certas zonas "são poucas as pessoas que aparecem" nas mesas do recenseamento.
De 01 de dezembro a 30 de janeiro, foram registados em Bissau 75 por cento de potenciais eleitores, enquanto noutras regiões há casos em que foram registados cerca de 95 por cento de eleitores, observou Té. 

O ministro afirmou que talvez possa haver pessoas nos centros urbanos que pensam que as eleições vão ser adiadas na data de 16 de março, mas descarta essa possibilidade. 




Mulher guineense

(de: Edson Incopté)


Quase 40% das crianças trabalham na Guiné-Bissau - UNICEF

A Guiné-Bissau é o país lusófono com a maior taxa de trabalho infantil: quase 40% das crianças guineenses trabalham, revela um estudo da UNICEF relativo a 2012, que coloca Timor-Leste e Angola a seguir neste dado.




O relatório sobre A Situação Mundial da Infância em Números 2014, hoje divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), revela que na Guiné-Bissau, 38% das crianças entre os 05 e os 14 anos trabalham e sete por cento estão casadas antes dos 15 anos. Segue-se Timor-Leste, onde 28% dos menores realizam trabalhos e, a seguir, Angola, com uma taxa de 24%. 

Quanto ao casamento infantil, Moçambique lidera a tabela dos países onde se fala português, com 14% das crianças a casarem-se antes dos 15 anos. Quase um quarto dos menores moçambicanos (22%) trabalha. 



quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Bastião do PRS - Região de Oio com maior número de eleitores registados

A região de Oio, no norte da Guiné-Bissau, zona com influência nas actividades do Partido da Renovação Social (PRS), apresenta o maior número de eleitores já recenseados pelo Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) com vista às eleições Gerais agendadas para 16 de Março.

 

De acordo com os dados da Direcção do Serviço de Informática Estatístico e Logística Eleitoral do GTAPE, datados de 29 de Janeiro e enviados à PNN, nesta região já foram recenseados 112.448 eleitores dos 117.171 potenciais, faltando apenas inscrever 4.723 cidadãos guineenses com capacidade eleitoral.

Em relação a Bissau, esta instituição informou também que já foram recenseados 164.399 eleitores, dos 224.058 previstos ao nível do Sector Autónimo de Bissau, de entre os quais ainda falta recensear 59.548 cidadãos.

Na região de Tombali, sul do país, o GTAPE anunciou ter registado
39.291 potenciais eleitores previstos na região. Por recensear estão ainda 11.531 eleitores.

Relativamente à região de Quinara, também na zona sul do país, o Governo disse ter contabilizado 30.897 num universo de 32.196 eleitores, ficando igualmente em falta o registo de 1.299 cidadãos.

Segundo os dados do GTAPE, na região de Biombo, norte do país, também foram registados 40.369 eleitores entre os 51.564 potenciais, restando ainda inscrever 11.195 pessoas.

Na região de Bolama/ Bijagós, que apresenta um universo de 18.532 eleitores, foram registados 13.769 cidadãos, faltando inscrever 4.763 guineenses em idade de votar.

No que se refere a região Bafatá, leste da Guiné-Bissau, o GTAPE disse ter registado 80.400 eleitores, faltando por confirmar na lista 24.346 eleitores num total de 104.746.

Para a região de Gabu, o GTAPE prevê registar um total de 105.730, tendo até esta data registado apenas 83.713 e faltando 22.017 eleitores.

Ao nível da região de Cacheu, norte do país, já foram registados 86.794 guineenses num total de 106.142 eleitores, sendo que ainda falta inscrever 19.348 cidadãos.

Ao nível da Diáspora, o GTAPE disse ter confirmado 12.349 eleitores, totalizando assim uma soma de 664.429 eleitores já recenseados até a data, número apresentado esta quarta-feira na reunião semanal do Conselho de Ministros.

Nestas eleições o Governo de transição prevê recensear 810.961 eleitores.


Gomes Júnior assume candidatura à presidência

O primeiro-ministro guineense deposto em 2012, Carlos Gomes Júnior, garantiu hoje que será candidato nas eleições presidenciais marcadas para março e que aguarda garantias de segurança da ONU e do Governo de Transição para regressar à Guiné-Bissau. 

 

Numa entrevista conjunta à RTP África e à agência Lusa na Cidade da Praia, onde reside atualmente, Carlos Gomes Júnior afirmou que um seu antigo ministro, Botche Candé, será o diretor de campanha, que falta acordar o nome do seu mandatário e que receia o adiamento das eleições.
"Estamos preocupados com o cenário na Guiné-Bissau", afirmou o também, oficialmente, presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), ao justificar a carta enviada recentemente ao secretário-geral da ONU, ao presidente da Comissão Europeia e à presidente da Comissão da União Africana.

"O recenseamento ainda está a decorrer. Já chamei a atenção às Nações Unidas para que não basta só marcar eleições. Há questões prévias que têm de ser discutidas com frontalidade se quisermos eleições credíveis, livres, justas e inclusivas, pois há um cenário em que o povo não se pode manifestar, a imprensa não é livre e os políticos estão a ser presos, perseguidos, espancados e até mortos", afirmou.

Carlos Gomes Júnior, afastado do poder no golpe de Estado de 12 de abril de 2012, insistiu na ideia da criação de um "tribunal ad-hoc" na Guiné-Bissau para julgar "todas as barbaridades e trazer à justiça os crimes que ultimamente têm acontecido" no país para pôr cobro à impunidade.

Sobre as presidenciais, cujo processo de candidatura está a ser preparado por juristas do PAIGC, Carlos Gomes Júnior lembrou que, em 2012, tinha vencido a primeira voltas das eleições e que se preparava para a segunda volta quando o processo foi interrompido pelo golpe de Estado.

(in: lusa)

Candidato presidencial da G-Bissau aponta irregularidades no recenseamento


Tcherno Djaló, candidato independente à presidência da Guiné-Bissau, apontou hoje o que considera serem "graves irregularidade" no recenseamento em curso no país com vista às eleições gerais de 16 de março.



Após depositar os documentos da candidatura no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Tcherno Djaló disse aos jornalistas que o recenseamento eleitoral "continua com vícios" identificados desde o início do processo, a 01 de dezembro.
"Muitos eleitores foram recenseados sem terem o seu cartão e nem sabem onde e quando vão poder recebê-los", afirmou Djaló, acusando os responsáveis de estarem a trabalhar na base do improviso.
Djaló diz ainda que foram introduzidas "muitas alterações" no processo do recenseamento sem que o Parlamento se tenha pronunciado sobre a legalidade ou constitucionalidade das mesmas, mas escusou-se a especificá-las.
Para Tcherno Djaló, antigo ministro da Educação, grande parte dos agentes de recenseamento têm uma "preparação técnica deficitária", tem havido "sistemática ruptura" de materiais de recenseamento e tem sido dado prioridade a certas zonas do país "em detrimento" de outras.
"Tudo isso mostra que há falhas e irregularidades graves, susceptíveis de comprometer a credibilidade das eleições", disse Djaló, que exorta as autoridades a tomarem medidas corretivas e a comunidade internacional a ser vigilante.
"Eu não quero ser um presidente mal eleito", sublinhou Djaló, chamando a atenção para o facto de as irregularidades poderem tirar a transparência e a credibilidade ao processo eleitoral.
(in: lusa)

António Indjai declara «tolerância zero» ao narcotráfico

O Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas, António Indjai, disse, esta terça-feira, 28 de Janeiro, que quem cometer crimes de narcotráfico será severamente responsabilizado. 



Falando em Bissau quando recebia os cumprimentos do ano novo por parte da imprensa militar, e numa alusão ao tráfico de drogas que tem enfermado o país ao longo dos últimos anos, António Indjai disse que «quem for apanhado a descarregar qualquer produto narcótico, nem que seja ´marijuana´ será severamente responsabilizado pelo acto».

Na ocasião, o Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas pronunciou-se também sobre as próximas eleições Gerais, marcadas para 16 de Março. António Indjai disse concordar que a ida às urnas decorra na data marcada, avisando que quem perturbar o acontecimento será também responsabilizado.

Indjai apelou ainda aos companheiros de armas no sentido de deixarem os «políticos fazer política» e manterem-se nos quartéis, e pediu também aos guineenses para deixarem de fazer intrigas e produzirem mais, porque só assim o país se poderá desenvolver.

O Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas assumiu o cargo em 2010, depois de uma revolta militar interna que depôs o então titular da hierarquia, José Zamora Induta. 


Benfica de Bissau estreia autocarro no dia de jogo de homenagem a Eusébio


O presidente do Benfica de Bissau apresentou hoje aos sócios do clube guineense um autocarro de 59 lugares, no dia em que os "encarnados" defrontam o rival Sporting num jogo de futebol de homenagem a Eusébio.

Alguns adeptos do Benfica acorreram à sede do clube na Avenida Combatentes da Liberdade da Pátria para ouvirem o dirigente, o português Sérgio Marques, dizer que o autocarro "é o cumprimento de uma promessa eleitoral".
Na Guiné-Bissau são poucas as equipas que possuem meios de transporte próprios: quase todas se deslocam em viaturas alugadas.
Ao entregar a chave do autocarro ao responsável do património do clube, Marques afirmou que o veículo foi comprado por si e não é uma oferta do Sport Lisboa e Benfica, "como muita gente diz por aí".

Marques explicou que gostava de um dia vir a ter relações de parceria com o Benfica de Portugal, do qual o clube de Bissau é uma filial, mas, por enquanto, todas as iniciativas em curso têm sido feitas exclusivamente pela direção por si encabeçada e eleita há cerca de mês e meio.
O presidente do Benfica de Bissau sublinhou que já cumpriu duas de várias promessas eleitorais: a retirada da cor azul das paredes da sede do clube e a entrega de um autocarro para o transporte de jogadores.

Ainda hoje, os jogadores do Benfica vão usar o novo meio de transporte para se deslocarem até ao estádio Lino Correia, onde vão defrontar o rival Sporting Clube da Guiné-Bissau, num particular de homenagem a Eusébio.
Até agora, o trajeto era feito pelo plantel a pé.
Sérgio Marques disse à Lusa que o jogo de hoje "é simbólico" por ser de homenagem "ao grande Eusébio, um africano" como o próprio e "um grande benfiquista".

O jogo Benfica-Sporting foi organizado pela Liga Guineense de Clubes de Futebol.
Benfica de Bissau estreia autocarro no dia de jogo de homenagem a Eusébio
O presidente do Benfica adiantou que vai lançar um torneio de futebol para jovens jogadores em homenagem ao Eusébio, que poderá arrancar no próximo ano.
Certo é que o autocarro do Benfica, que é motivo de comentários entre os amantes do futebol, vai transportar a equipa para Bula, no sábado, onde a equipa defronta o Nuno Tristão Bula Futebol Clube, jogo da quarta jornada do campeonato.
A par do CF "Os Balantas" de Mansoa, o Benfica lidera o campeonato com sete pontos.
Além do autocarro, o presidente do Benfica de Bissau anunciou hoje uma outra novidade: a partir de agora, o Benfica passa a ter nos seus quadros técnicos um treinador português.
Trata-se do jovem Tiago Conde, que será o terceiro elemento da equipa técnica.
Sérgio Marques referiu que Tiago Conde vai ajudar a equipa a "superar algumas lacunas" em termos táticos e técnicos dos jogadores.
A entrada de Tiago Conde no Benfica corresponde à realização de outra promessa eleitoral, destacou Sérgio Marques.

Titina Silá 1943 - 1973

Assassinada quando estava a caminho do funeral de Amílcar Cabral, líder da guerrilha guineense pró-independência.

Era militante do PAIGC e uma das mulheres que combateram na luta pela Independência da Guiné Bissau.

Não há emancipação de um povo sem a participação das mulheres.


“PAIGC: Unidade, debate e participação política”


" PAIGC: Unidade, debate e participação política "


Da curta viagem feita ao pensamento ideológico de Amílcar Cabral, apraz-me partilhar convosco o que encontrei, dando assim o meu pequeno contributo sobre a actual fase da vida do PAIGC, cujo 8º Congresso Ordinário se inicia a 30 de Janeiro, em Cacheu.
Com a fundação em 1951 do Centro de Estudos Africanos em Lisboa, por Amílcar Cabral e outros jovens estudantes e nacionalistas africanos, tinha-se instalado os genes dos movimentos de Libertação que iriam levar as colónias portuguesas às respectivas independências.
Desde esse período, Amílcar Cabral se entregou à concepção de uma ideologia que suportasse a luta e balizasse a acção do PAIGC na organização e direcção da Luta de Libertação Nacional da Guiné e Cabo Verde. Para isso fez uso duma concepção neutra, entenda-se, de ordem ideológica, visando a definição de um pensamento e uma doutrina unitárias, tendo por essência a exaltação e valorização da cultura dos povos da Guiné e Cabo Verde.
Do ponto de vista estratégico, visava a luta que os destinos do povo fossem entregues ao povo nos respectivos territórios e que neles, livremente, construíssem o seu progresso e bem-estar. No entanto, era preciso materializar o processo que, invariavelmente, deveria passar por uma reflexão profunda, teórica e, sobretudo, através de estudos sobre o continente africano, perspectivando-o na óptica do modelo de desenvolvimento que melhor se aplicaria e se adequaria. Nesse percurso, Amílcar Cabral nunca admitiu as ideias como independentes da realidade histórica e social. Pelo contrário, assumiu que, na verdade, é a realidade que condiciona o forjar e compreensão das ideias.
Esta breve retrospectiva, nomeadamente sobre as opções metodológicas de Amílcar Cabral, tem dois propósitos básicos: 1) contribuir para a efectiva recuperação e consolidação da cultura cabralista de abordagem metodológica da realidade, visando o fortalecimento da unidade no seio do PAIGC e da sociedade; 2) fomentar a reflexão e debate no seio das massas e bases do partido, tendo em conta o papel do PAIGC na sociedade guineense.
Como princípio estruturante e essencial do PAIGC e da luta, Amílcar Cabral fez questão de referir e defender o da «Unidade e Luta». Ao explanar sobre isso disse, citamos: (…) podemos tomar unidade num sentido que se pode chamar estática, que não é mais que uma questão de número. (…) Essa é a unidade que nos interessa considerar no nosso trabalho, da qual falamos nos nossos princípios do Partido? É, e não é. É, na medida em que nós queremos transformar um conjunto diverso de pessoas, num conjunto bem definido, procurando um caminho. E não é, porque aqui não podemos esquecer que dentro desse conjunto há elementos diversos. Pelo contrário, o sentido de unidade que vemos no nosso princípio é o seguinte: quaisquer que sejam as diferenças que existem é preciso ser um só, um conjunto, para realizar um dado objectivo. Quer dizer, no nosso princípio, unidade é no sentido dinâmico, quer dizer de movimento”.
Durante toda a sua vida e combate, Amílcar Cabral educou os combatentes, conduziu o PAIGC e a luta na estrita observância desse conceito de unidade. O sucesso do PAIGC na condução da luta dos povos da Guiné e Cabo verde, que se traduziu na proclamação de dois Estados africanos, na segunda metade do Séc. XX, é superior a demonstração e confirmação da eficácia e inalterável pertinência do princípio de UNIDADE E LUTA.
Portanto, é minha firme convicção que, para o PAIGC em congresso e, a sociedade guineense, ansiosa e merecedora de um futuro de paz e progresso, Unidade e Luta é princípio incontornável e objectivo estratégico vital.
Entendo, ainda, partilhar o sentido responsável que julgo dever ocupar maior parte dos trabalhos e, também, que a questão ética e conduta política sejam sinónimos de seriedade e visão estratégica, pois o que importa é demonstrar que não se conseguem resolver os problemas do partido com base em divisões e rupturas no seu seio. A reengenharia de todo este processo deve ser bem orientada, não querendo com isso demonstrar uma mudança “radical” de actuação e de posicionamento político, mas, antes de mais, apelar à consciência dos congressistas para um projecto político mobilizador como garantia de um novo começo. Os valores, referências estáveis, coerência, competência e demonstração clara de uma parceria estratégica interna são importantes e devem ser tidos em conta neste processo tão importante para o partido.
A política é feita de pequenos detalhes e de ideias claras tendo sempre em atenção o alcance e a maturidade do pensamento ideológico que a suporta! LV
Lisboa, 29 de Janeiro de 2014.
Luís Vicente


Delegação guineense em Espanha para recenseamento

Visita de uma delegação da Guiné-Bissau à prefeitura de Roquetas de Mar

 
O prefeito de Roquetas de Mar, Gabriel Amat, e Conselheiro de Serviços Sociais, José Galdeano receberam recentemente uma delegação das eleições Guiné-Bissau. 
Esta delegação esteve em Roquetas de Mar, a fim de preparar um caderno eleitoral que valida os eleitores antes das eleições, a serem realizadas em março neste país Africano.  

O prefeito colocou à disposição os meios de comunicação que a delegação pode utilizar na sessão para torná-lo mais fácil, desde que à medida das possibilidades, o trabalho irá se desenvolver.

(foto: Almeria)




Koumba Yala garante vitória de Nuno Nabian na primeira volta

O ex-Presidente da República, Koumba Yala, fundador do Parido da Renovação Social (PRS) afirmou esta segunda-feira, 27 de Janeiro, que o candidato presidencial que apoia, Nuno Gomes Nabian, vai vencer logo na primeira volta as eleições previstas para 16 de Março. 



 Dirigindo-se a um grupo do Círculo Eleitoral 29, no Bairro Militar, arredores de Bissau, Koumba Yala considerou que o seu candidato não tem nenhum adversário político que o possa impedir de vencer as eleições de 16 de Março logo na primeira volta.

«Nestas eleições vamos trabalhar para que não haja segunda volta, porque Nuno Nabian e eu não temos nenhum adversário neste arranque» referiu Koumba Yala perante centenas de apoiantes num dos bairros mais populosos da capital guineense.

Num tom humorístico, o ex-líder do PRS garantiu que a sua campanha eleitoral com vista às Presidenciais já teve início, por isso advertiu os seus adversários políticos a fazerem o mesmo.

Na ocasião, Yala apelou ao diálogo entre os guineenses na perspectiva de «ultrapassar as dificuldades que a Guiné-Bissau enfrenta».

«Devemos, através de diálogo, estudar soluções para conter certas dificuldades que o nosso país enfrenta, pois não existe nenhum país no mundo onde haja paraíso ou onde as coisas corram correctamente, quanto mais um país como nosso que não chegou ainda aos 100 anos de independência» referiu Koumba Yala, apoiando o candidato as Nuno Gomes Nabian.

Na opinião de Koumba Yala «só com a paz e estabilidade é que os parceiros internacionais e países amigos podem ajudar a Guiné-Bissau a sair das dificuldades tremendas que enfrenta nos últimos tempos». 


Dia da Mulher Guineense

A Associação para o Planeamento da Família, a Musqueba, a Morabeza e a UMAR convidam a todos para o evento comemorativo do Dia da Mulher Guineense, no dia 30 de Janeiro, pelas 20:30 na Casa da Achada, em Lisboa.


Este evento conta com espaço para divulgação artística, com teatro, dança e poesia ao mesmo tempo que pretende ser um momento de debate acerca das práticas tradicionais nefastas, nomeadamente a Mutilação Genital Feminina, acerca das quais será promovido um espaço de diálogo entre todas as pessoas e entidades intervenientes.

A entrada é livre pelo que contamos com a sua presença. (V/ Diana Lopes)






Produção de cereais cresce na G-Bissau, mas mantém-se difícil acesso a alimentos

O cenário é traçado no relatório sobre a campanha agrícola 2013/14 elaborado pelo Governo de transição, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Programa Alimentar Mundial (PAM) e Comité Inter-Estados contra a Seca (CILSS).
Sem ser "alarmante", no arranque de 2014 "a situação alimentar continua difícil em todas as regiões do país e a maioria da população sofre bastante com a insuficiência de alimentos, mesmo que as colheitas em curso atenuem a situação nos próximos meses", refere o documento.


Recenseamento em Aveiro - Portugal

Dia 29 de janeiro de 2014 finalmente os guineenses residentes em Aveiro, Albergaria-a Velha e Águeda vão poder recensear-se para s eleições marcadas para o dia 16 de março próximo. Os elementos da Embaixada encarregue de fazer esse trabalho estarão na sala de estudos da Univ. Aveiro, a partir das 19.00h.


Não faltes mesmo sendo português com o C.C ou B.I. e o que conta é a tua naturalidade.

(via: "Mon Na Mon Associação" )


Previsão do Tempo


Funcionários públicos da GB com horário reduzido


Os funcionários públicos da Guiné-Bissau vão passar a trabalhar apenas até ao meio-dia para que possam recensear-se para as eleições gerais de 16 de março, anunciou hoje o primeiro-ministro, Rui de Barros.

O chefe do Governo de transição da Guiné-Bissau falava à margem da inauguração do novo porto comercial no Alto Bandim, arredores de Bissau.
Ao falar da importância das próximas eleições (legislativas e presidenciais), Rui de Barros pediu aos guineenses para se recensearem e desta forma escolherem "os melhores governantes" do país.
"Queremos e fazemos um apelo para que todo o mundo se vá recensear", disse Rui de Barros, ao dirigir-se especificamente às mulheres, vendedoras de peixe, no novo mercado do porto comercial do Alto Bandim.
Fonte do Ministério da Função Pública disse à Lusa que o despacho assinado pelo ministro da área, Aristides Ocante da Silva, concede aos funcionários públicos "três horas antes do fim da jornada" para que possam recensear-se.
A medida engloba apenas os funcionários que ainda não se recensearam, precisou a fonte.
Ao sair do local de serviço, o funcionário precisa de uma autorização do superior hierárquico e ao voltar deve apresentar um comprovativo em como se recenseou, precisou a fonte.
Muitos funcionários públicos têm-se queixado de falta de tempo e de oportunidade para se recensearem.
Embora o presidente guineense de transição, Serifo Nhamadjo, tenha admitido a possibilidade de de prolongamento do prazo, para já, está previsto que o recenseamento termine na sexta-feira.


 (in:lusa)

Guiné-Bissau precisa de apoio para deixar de sofrer, diz embaixador

Ex-representante da Cabo Verde nas Nações Unidas afirmou que comunidade internacional precisa ajudar com a realização das eleições no país, que sofreu um golpe de Estado em 2012.

O povo da Guiné-Bissau tem que ser apoiado para inaugurar uma nova fase na vida política do país.
A declaração é do ex-embaixador de Cabo Verde nas Nações Unidas, António Lima.  O diplomata falou à Rádio ONU antes de deixar o cargo após seis anos de funções em Nova Iorque.

Transição
Para António Lima é hora de a comunidade internacional garantir a ajuda para a realização de eleições gerais na Guiné. O país sofreu um golpe de Estado em 12 de abril de 2012 e vive sob regime de um governo de transição desde então. 
"Estamos a tentar fazer tudo para que a Guiné-Bissau consiga fazer as eleições para que este país deixe de sofrer. A Guiné-Bissau sofreu demais. Esta população sofreu demais. É hora de este povo ser apoiado, ser ajudado a dar um salto para cima. Avançar neste processo é muito difícil, mas eu penso que vamos chegar lá.

As eleições na Guiné-Bissau estavam marcadas para novembro passado, mas tiveram que ser adiadas. De acordo com o representante especial do Secretário-Geral da ONU no país, José Ramos Horta, algumas organizações da comunidade internacional já se dispuseram a ajudar para apoiar a realização do pleito, mas o preço total ainda tem que ser decidido.

Durante sua entrevista de despedida à Rádio ONU, António Lima também falou do papel da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e da Cedeao nas tentativas de resolver o problema. Ele contou que a posição de Cabo Verde sempre foi clara contra a situação de golpe e que espera que a restauração da ordem constitucional seja restabelecida.

(Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU)






Carlos Gomes Junior pede a Ban Ki-moon que lhe permita concorrer a eleições na G-Bissau

O ex-primeiro-ministro da Guiné Bissau Carlos Gomes Junior pediu hoje ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que "garanta e assegure" o seu direito a concorrer às eleições presidenciais, previstas para 16 de março próximo.

Em carta dirigida a Ban Ki-moon, a que a agência Lusa teve hoje acesso, Carlos Gomes Junior "apela" ao uso dos "bons ofícios e capacidades" do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon para "promover todas as medidas necessárias, justas e apropriadas que permitam garantir a segurança e a verdadeira democraticidade dos importantes atos eleitorais que se avizinham na República da Guiné-Bissau".
Nestes atos, salientou, inclui-se a sua "própria candidatura e campanha eleitoral". 

Carlos Gomes Junior venceu a primeira volta das eleições presidenciais de 18 de março de 2012, mas uma intervenção militar em 13 de abril impediu a realização da segunda volta, que deveria começar no dia seguinte, mas em que se recusava a participar o segundo candidato mais votado na primeira, Kumba Ialá.
Na sua missiva, acusou "as ditas autoridades de transição, em conluio com as autoridades militares golpistas", de constituírem "obstáculos sérios e recorrentes a um processo eleitoral verdadeiramente livre, justo e inclusivo". 

Carlos Gomes Junior manifesta ainda uma "crescente inquetação quanto ao degradado ambiente político e socioeconómico hoje vivido pela Guiné-Bissau e pelo seu povo, por demais evidenciado pelas reiterads violaçõe dos direitos humanos, de intimidação psicológica, de violência física contra opositores ou simples vozes dissonantes, por uma notória repressão e opressão dos fundamentais direitos e liberdades de expressão e de manifestação". 

O político exemplifica a situação da Guiné-Bissau "com os últimos acontecimentos inaceitáveis de prepotência e arbitrariedade ocorridos no passado dia 17 de janeiro, com a invasão de várias instalações e bens das Nações Unidas por elementos das Forças Armadas e de segurança", alegando conhecimento da sua presença [de Carlos Gomes Júnior] naquelas instalações, com o intuito de o prenderem. 

"Estas ações patenteiam, uma vez mais, a arbitrariedade da conduta das autoridades de transição e os muitos sérios riscos de segurança para a defesa da minha candidatura no terreno, bem como para a perspetiva de uma eleições gerais verdadeiramente livres, justas e inclusivas", conclui. 



(in:rtp)
 

União Africana atenta à Guiné-Bissau

O diplomata são-tomense Ovídeo Pequeno, representante da União Africana na Guiné-Bissau, presente em Addis Abeba nos trabalhos preparatórios da cimeira da organização continental, passou a pente fino os dossiers do momento entre os quais os problemas do processo de recenseamento e a preparação das eleições de 16 de Março.



O segundo dia de trabalhos do Conselho executivo da União Africana prosseguiu a preparação da cimeira destas quinta e sexta-feiras, oficialmente consagrada à agricultura.

Os ministros de negócios estrangeiros da organização panafricana têm-se desdobrado em contactos. Caso do chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti, que se avistou, nomeadamente, com um alto dirigente britânico.


Abudu Mané desviou 23 mil euros do Tesouro Público

O Procurador-Geral da República, Abudu Mané, desviou 23.135 euros do Tesouro Público guineense, valor que o Ministério do Interior restituiu junto do Ministério das Finanças a 4 de Abril de 2013.


Conforme revelou à PNN fonte do Ministério das Finanças, o valor em causa é resultante de uma apreensão efectuada no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira pelas autoridades policiais da Guiné-Bissau, que estava na posse de um cidadão oriundo da Guiné-Conacry.

Neste sentido, o Gabinete do Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública, Armando Nhaga, procedeu à entrega desta soma junto da Direcção Central de Administração, Finanças e Património do Ministério do Interior, com data de 18 de Março de 2013. Esta instituição encaminhou, por sua vez, o dinheiro para o Ministério das Finanças em Abril do mesmo ano, enquanto única entidade do Estado com competências para o efeito.

Depois de todo o procedimento, conforme avançou a mesma fonte, Abudu Mané teria ordenado que a soma fosse depositada em conta do Ministério
Público no Banco da África Ocidental, cujo talão de depósito foi consultado pela PNN.

«De forma a dar cumprimento à vossa solicitação, conforme os Ofícios n.º 386/2013 e 392/2013, a Secretaria de Estado de Tesouro, Assuntos Fiscais e Contas Públicas serve-se do presente para informar ao Procurador-Geral da República que este departamento do Estado procedeu ao depósito do montante em questão para a conta da Procuradoria-Geral da República, conforme a vossa solicitação», lê-se na carta da Secretaria de Estado de Tesouro, Assuntos Fiscais e Contas Públicas, datada de 5 de Junho de 2013, que esta instituição enviou a Abudu Mané.

A Secretaria de Estado de Tesouro instou Abudu Mané a informar sobre o destino final do valor apreendido pelos agentes da Polícia de Ordem Pública, de forma a inscrever este montante nas receitas extraordinárias do Estado, caso venha a ser declarado como perdido a favor do Estado da Guiné-Bissau.

«Nós, na qualidade de única entidade do Estado com competências para arrecadar fundos públicos, sejam de que natureza forem, e de gestor do património do Estado, viemos rogar ao Procurador no sentido do nos informar sobre o desfecho final deste processo, com vista a inscrever o dinheiro ora em crise nas receitas extraordinárias do Estado, caso venha a ser declarado perdido a favor do tesouro público», refere a carta enviada em Junho de 2013 ao Procurador-Geral da República.

O valor foi transportado para Bissau no estômago do cidadão da Guiné-Conacry, através de ingestão, onde constavam 43 notas de 500 euros, três notas de 200 euros, oito notas de 100 euros, quatro notas de 50 euros, uma nota de 20 euros, uma nota de 10 euros e uma nota de cinco euros, totalizando 23.135 euros.

Em relação aos 40% desta soma dos quais o Ministério do Interior devia beneficiar, a fonte informou que a instituição não recebeu qualquer valor até à data.

O comportamento de Abudu Mané é do conhecimento do Presidente de transição, Manuel Serifo Nhamadjo, que ainda não se pronunciou sobre a matéria em litígio entre o Ministério das Finanças, o Ministério do Interior e a Procuradoria-Geral da República.

Contactada pela PNN, a fonte da direcção financeira do Ministério Público disse optar por não falar sobre o assunto, por enquanto.