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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Funcionários do parlamento da Guiné-Bissau decidiram suspender greve

Os funcionários do parlamento da Guiné-Bissau decidiram suspender a greve que deveria decorrer a partir de hoje, para reclamar o pagamento de dois salários em atraso, entre outras regalias, disse à Lusa fonte dos trabalhadores.


A paralisação de três dias foi suspensa para permitir um "avanço nas negociações" com o Governo, anunciou Justino Sá, porta-voz da comissão de greve dos funcionários da Assembleia Nacional Popular (ANP).

Por outro lado, o parlamento não está reunido, pelo que a greve acabaria por não ter nenhum efeito, admitiu.
No entanto, Justino Sá deixa no ar a ideia de que os trabalhadores podem "retomar a greve" no reinício dos trabalhos parlamentares, porque o Governo ainda não prometeu nada no sentido de atender às reivindicações dos funcionários da ANP.

A paralisação ameaçava inviabilizar uma sessão extraordinária aguardada para esta semana sobre alterações à lei, necessárias para a realização de eleições gerais a 16 de março, no entanto, esse encontro ainda não foi anunciado.
Na Guiné-Bissau está em curso um recenseamento eleitoral, que devia decorrer durante 21 dias, em dezembro, mas como foi registado um número reduzido de eleitores, as autoridades de transição decidiram prolongá-lo por mais 31 dias - até final de janeiro.

Para haver mais dias de recenseamento, é necessário que o parlamento encurte o prazo que prevê que os cadernos eleitores devem ser definitivamente afixados, em locais públicos, 60 dias antes das eleições - ou seja, hoje.
Os principais representantes políticos, militares e da sociedade civil da Guiné-Bissau já haviam concordado numa reunião realizada a 04 de janeiro, em Bissau, em prolongar o recenseamento, segundo referiu na altura o porta-voz do Governo de transição, Fernando Vaz, mas a ratificação cabe à ANP.

Para além da lei eleitoral, na agenda parlamentar estão ainda a prorrogação do período de transição e a lei da amnistia para os militares e políticos autores do golpe de Estado de 12 de abril de 2012.






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