O Governo de transição da Guiné-Bissau vai pedir ao Presidente Serifo Nhamadjo para prolongar o recenseamento eleitoral, que deveria terminar na sexta-feira, por mais "cinco ou sete dias".
A informação foi hoje avançada aos jornalistas por Batista Té, ministro
da Administração Territorial e coordenador do processo de recenseamento
que decorre desde 01 de dezembro.
No entanto, apesar do pedido de prolongamento, "as eleições não serão adiadas, de maneira alguma", enfatizou.
Segundo referiu, já está recenseado 82 por cento dos eleitores previstos
(810 mil) e as autoridades de transição esperam inscrever mais cerca de
150 mil, pelo que vão pedir que a operação decorra durante mais alguns
dias.
Dos 810.027 potenciais eleitores previstos para serem recenseados,
Batista Té referiu que já foram registados 661 mil potenciais votantes
no país e nos sete países da diáspora (Cabo Verde, Senegal, Gâmbia e
Guiné Conacri, Portugal, Franca e Espanha).
No exterior, a Espanha é o país em que foi registado o menor número, 232, enquanto em Portugal foram inscritos até hoje 1.577.
O governante disse que se o Presidente Serifo Nhamadjo aceitar prolongar
o recenseamento por mais "cinco ou sete" dias, o Gabinete Técnico de
Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) espera atingir o número previsto de
eleitores.
No entanto, o ministro explicou que, em certas zonas do país,
nomeadamente em Bissau, Gabú e Bafatá, cidades da região leste, há
indícios que apontam no sentido de que "as pessoas não querem
recensear-se".
Batista Té frisou que, só em Bissau, existem 83 kits (conjuntos de
equipamento informático para recolha de dados de eleitores), mas em
certas zonas "são poucas as pessoas que aparecem" nas mesas do
recenseamento.
De 01 de dezembro a 30 de janeiro, foram registados em Bissau 75 por
cento de potenciais eleitores, enquanto noutras regiões há casos em que
foram registados cerca de 95 por cento de eleitores, observou Té.
O ministro afirmou que talvez possa haver pessoas nos centros urbanos
que pensam que as eleições vão ser adiadas na data de 16 de março, mas
descarta essa possibilidade.
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