Ex-representante da Cabo Verde nas Nações Unidas afirmou que comunidade
internacional precisa ajudar com a realização das eleições no país, que
sofreu um golpe de Estado em 2012.
O povo da Guiné-Bissau tem que ser apoiado para inaugurar uma nova fase na vida política do país.
A declaração é do ex-embaixador de Cabo Verde nas Nações Unidas,
António Lima. O diplomata falou à Rádio ONU antes de deixar o cargo
após seis anos de funções em Nova Iorque.
Transição
Para António Lima é hora de a comunidade internacional garantir a
ajuda para a realização de eleições gerais na Guiné. O país sofreu um
golpe de Estado em 12 de abril de 2012 e vive sob regime de um governo
de transição desde então.
"Estamos a tentar fazer tudo para que a Guiné-Bissau consiga fazer as
eleições para que este país deixe de sofrer. A Guiné-Bissau sofreu
demais. Esta população sofreu demais. É hora de este povo ser apoiado,
ser ajudado a dar um salto para cima. Avançar neste processo é muito
difícil, mas eu penso que vamos chegar lá.
As eleições na Guiné-Bissau estavam marcadas para novembro passado,
mas tiveram que ser adiadas. De acordo com o representante especial do
Secretário-Geral da ONU no país, José Ramos Horta, algumas organizações
da comunidade internacional já se dispuseram a ajudar para apoiar a
realização do pleito, mas o preço total ainda tem que ser decidido.
Durante sua entrevista de despedida à Rádio ONU, António Lima também
falou do papel da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e da Cedeao
nas tentativas de resolver o problema. Ele contou que a posição de Cabo
Verde sempre foi clara contra a situação de golpe e que espera que a
restauração da ordem constitucional seja restabelecida.
(Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU)
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