O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros afirmou a
preocupação de Portugal com a situação instável na Guiné-Bissau e
afirmou que «os recentes incidentes que aconteceram em Bissau têm
também de ser superados e faremos alguns esforços para encontrar as
vias para que se restabeleça também aí a normalidade, que é muito
desejada».
Rui Machete falava durante a visita à sede da Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa, em Lisboa.
O Ministro referiu a importância da realização das eleições
nacionais na Guiné-Bissau, gerando «um governo legitimado
democraticamente num Estado de direito para realizar a plenitude
das suas funções».
O Secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy, afirmou
que Guiné-Bissau «ocupa um lugar cimeiro nas nossas preocupações» e
por isso deve «merecer um carinho e uma atenção muito especiais:
temos de apoiar a Guiné-Bissau a reconquistar a sua normalidade
constitucional».
O Ministro dos Negócios Estrangeiros e o Secretário-executivo da
CPLP reiteraram a importância de facilitar a circulação dos
cidadãos, eliminando «empecilhos burocráticos», no espaço
constituído pelos oito países lusófonos.
Rui Machete afirmou que «a CPLP deve tentar que os cidadãos
possam fazer essa circulação com maior liberdade e livres de alguns
empecilhos burocráticos hoje ainda difíceis de ultrapassar», porque
a Comunidade tem de «alargar os seus horizontes a uma actividade
cada vez mais desenvolvida que permita criar riqueza para os seus
membros», dando os exemplos do papel dos observadores e da
assinatura de instrumentos jurídicos que facilitem a circulação de
pessoas, bens e serviços.
«A questão da mobilidade no espaço da nossa comunidade é um
desafio enorme, mas com coragem e com determinação podemos
encontrar soluções ou portas abertas para que a nossa comunidade
possa circular no espaço» da CPLP, afirmou Murade Murargy.
Relativamente à cimeira que se realizará em Díli, Timor Leste,
no próximo mês de julho, o Ministro disse esperar que marque «uma
progressiva expansão da língua portuguesa na Ásia», acrescentando
que «Timor-Leste tem a extraordinária oportunidade de lançar o uso
da língua, de uma maneira muito mais espalhada, e num grau de
utilização cultural mais elevada».
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