“ Uma outra importante distinção entre a situação colonial e neocolonial reside nas perspectivas de luta.
No caso colonial ela pode conduzir, pelo menos na aparência, a uma solução nacionalista (revolução nacional): a nação conquista a sua independência e adopta, hipoteticamente, a estrutura que melhor lhe convém.
O caso neocolonial (em que as classes trabalhadoras e os seus aliados lutam simultaneamente contra a burguesia imperialista e a classe dirigente autóctone) não se resolve por uma solução nacionalista; ela exige a destruição da estrutura capitalista implantada (*) pelo imperialismo no território nacional, e postula justamente uma solução socialista.
Esta distinção resulta principalmente da diferença de
nível das forças produtivas nos dois casos e do agravamento consecutivo
da luta de classes. “
in: “A arma da teoria” de Amílcar Cabral
(editor: (*) nos dias de hoje traduz-se pela implantação de um sector da sociedade no comando dos destinos do país, constituído, por corruptos, traficantes, criminosos e marginais políticos)
(editor: (*) nos dias de hoje traduz-se pela implantação de um sector da sociedade no comando dos destinos do país, constituído, por corruptos, traficantes, criminosos e marginais políticos)
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