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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Guiné Equatorial na CPLP é desrespeito pelos povos da organização

A entrada da Guiné Equatorial na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é um desrespeito pelos povos que a organização representa, diz Pedro Krupenski, presidente da Plataforma Portuguesa das ONGD. 


Diretor da organização não-governamental OIKOS, Cooperação e Desenvolvimento, além de presidente da Plataforma das Organizações não-governamentais para o Desenvolvimento (ONGD), Pedro Krupenski e outras pessoas de associações cívicas divulgaram no ano passado uma carta aberta à CPLP contra a entrada da Guiné Equatorial.
Hoje, no dia em que em Maputo os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da CPLP recomendaram a adesão da Guiné Equatorial, Pedro Krupenski disse à Lusa que nada mudou no país em termos de falta de respeito pelos direitos humanos.

"Temos fontes credíveis e objetivas que nos asseguram que diariamente há prisões arbitrárias, julgamentos sumários, perseguições, já não falando da corrupção brutal, tudo à custa de um povo 70% do qual vive abaixo do limiar da pobreza", disse à Lusa, frisando: "São factos, não são opiniões."

As associações cívicas que estão contra a entrada da Guiné Equatorial vão reunir-se na próxima semana para concertar uma estratégia de luta contra a adesão, disse o responsável, garantindo que tudo irão fazer para impedir a adesão de facto.
Hoje, foi "com desânimo" que recebeu a notícia e afirmou que uma adesão da Guiné Equatorial confronta os estatutos da própria CPLP, porque viola regras da própria organização em termos de direitos humanos e ao fazê-lo não está a respeitar os povos da organização.
Depois, a língua portuguesa foi imposta pelo Presidente da Guiné Equatorial e ninguém a fala, salientou Pedro Krupenski, para quem a adesão do país à CPLP se deve apenas a "motivos económicos", porque o país tem petróleo.

Mas não tem dúvidas de que há "uma clara violação dos estatutos" da CPLP, entidade que vai sair descredibilizada.
Além de Pedro Krupenski, assinaram a carta, na altura, nomes como Luísa Teotónio Pereira e Marina Costa Lobo, ou a ACEP - Associação de Cooperação entre os Povos e a TIAC - Transparência e Integridade associação Cívica.

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