A SITUAÇÃO política na Guiné-Bissau e a adesão da Guiné-Equatorial vão dominar a agenda da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) amanhã, em Maputo.
Segundo
a agência Lusa, a reunião extraordinária do Conselho de Ministros da
CPLP servirá também para aprovar o Plano de Acção de Lisboa, que define
orientações para promover o uso da língua portuguesa, documento
preparado na II conferência internacional sobre o português, em Outubro
do ano passado, na capital portuguesa, Lisboa.
Um
dos temas em destaque é a situação política da Guiné-Bissau, que vive
um período de transição após o golpe de Estado de há quase dois anos,
cujo Governo, chefiado por Rui de Barros, não é reconhecido pela CPLP.
O
representante especial da CPLP para a Guiné-Bissau, Carlos Moura, dará
conta aos ministros da análise que faz do processo eleitoral naquele
país.
Os
ministros vão ainda analisar o relatório sobre o processo de adesão da
Guiné-Equatorial à CPLP. O país, com estatuto de observador da
comunidade desde 2006, pediu para entrar em 2010, mas a adesão foi
condicionada nas cimeiras de Luanda e Maputo por se considerar não terem
sido cumpridos os requisitos necessários.
Um
dos maiores produtores de petróleo de África, a Guiné-Equatorial é
liderada por Teodoro Obiang desde 1979 e é considerado um dos regimes
mais fechados do mundo por organizações de direitos humanos.
O
roteiro definido pela CPLP para este país aderir à organização lusófona
(condicionada ao parecer positivo de todos os membros) prevê, entre
outras medidas, a promoção do uso do português – a língua principal é o
castelhano – e a adopção de uma moratória sobre a pena de morte.
O
Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação da Guiné-Equatorial,
Agapito Mba Mokuy, participará na reunião de amanhã em Maputo para
transmitir as medidas adoptadas por Malabo para permitir a sua adesão à
organização lusófona.
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