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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Conselho de Ministros da CPLP: Guiné-Bissau e Equatorial dominam agenda

A SITUAÇÃO política na Guiné-Bissau e a adesão da Guiné-Equatorial vão dominar a agenda da reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) amanhã, em Maputo.


Segundo a agência Lusa, a reunião extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP servirá também para aprovar o Plano de Acção de Lisboa, que define orientações para promover o uso da língua portuguesa, documento preparado na II conferência internacional sobre o português, em Outubro do ano passado, na capital portuguesa, Lisboa.

Um dos temas em destaque é a situação política da Guiné-Bissau, que vive um período de transição após o golpe de Estado de há quase dois anos, cujo Governo, chefiado por Rui de Barros, não é reconhecido pela CPLP.
O representante especial da CPLP para a Guiné-Bissau, Carlos Moura, dará conta aos ministros da análise que faz do processo eleitoral naquele país.

Os ministros vão ainda analisar o relatório sobre o processo de adesão da Guiné-Equatorial à CPLP. O país, com estatuto de observador da comunidade desde 2006, pediu para entrar em 2010, mas a adesão foi condicionada nas cimeiras de Luanda e Maputo por se considerar não terem sido cumpridos os requisitos necessários.

Um dos maiores produtores de petróleo de África, a Guiné-Equatorial é liderada por Teodoro Obiang desde 1979 e é considerado um dos regimes mais fechados do mundo por organizações de direitos humanos.
O roteiro definido pela CPLP para este país aderir à organização lusófona (condicionada ao parecer positivo de todos os membros) prevê, entre outras medidas, a promoção do uso do português – a língua principal é o castelhano – e a adopção de uma moratória sobre a pena de morte.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação da Guiné-Equatorial, Agapito Mba Mokuy, participará na reunião de amanhã em Maputo para transmitir as medidas adoptadas por Malabo para permitir a sua adesão à organização lusófona.


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