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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Timor-Leste assegura apoio à reforma das Forças Armadas da Guiné-Bissau



Timor-Leste vai ajudar a reformar as Forças Armadas da Guiné-Bissau após as eleições gerais previstas para este semestre, anunciou hoje Mari Alkatiri, enviado do Estado timorense a Bissau.


Numa visita de cinco dias, Mari Alkatiri vai encontrar-se com atores políticos e sociais para saber dos preparativos para as eleições gerais, analisar os apoios que Timor-Leste tem dado ao processo e ainda perspetivar ações a serem desenvolvidas com o futuro Governo guineense.

Em relação aos apoios ao processo eleitoral, Alkatiri, que se encontrou esta manhã com a direção da Comissão Nacional de Eleições, diz ter constatado "um grande entusiasmo" dos guineenses pelo facto de, pela primeira vez, o recenseamento ter sido feito de forma eletrónica.

O responsável timorense acredita que estão criadas as condições para que as eleições decorram com tranquilidade, mas apelou às autoridades eleitorais guineenses a explicarem "de antemão" aos partidos políticos e aos candidatos concorrentes "todos os pormenores das listas eleitorais".

Mari Alkatiri reuniu-se também com os representantes da sociedade civil e considerou indispensável "encontrar fundos" para campanhas de educação cívica junto dos eleitores.

 
 
Durante a visita a Bissau, o responsável timorense deve ainda encontrar-se com o primeiro-ministro, Rui de Barros, e com o presidente de transição, Serifo Nhamadjo, bem como com o chefe das Forças Armadas, António Indjai,

Após as eleições e com um novo Governo legitimado pelo voto popular, Timor-Leste estará disponível para apoiar a reforma do setor militar trazendo as experiencias em curso no país, notou Mari Alkatiri.

Segundo sugeriu, a reforma poderia passar pela desmobilização de efetivos, que seriam inseridos na vida civil, mas mantendo as suas patentes.

Também após as eleições, Timor-Leste pensa ajudar a Guiné-Bissau ao nível da Saúde Pública, numa ação concertada com o governo de Cuba, pagando a deslocação e a estadia de médicos e especialistas cubanos.

Sobre o futuro, Alkatiri afirmou que apesar das "frustrações que possam ter havido ao longo dos últimos 40 anos", a Guiné-Bissau "é um país promissor".

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