O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, prometeu hoje "tolerância zero" à fraude nas próximas eleições gerais.
O general falava aos jornalistas momentos após o encerramento de uma
reunião de chefes militares de 14 países da África Ocidental, reunidos
em Bissau desde segunda-feira.
"A fraude não poderá ter lugar. A
segurança das próximas eleições será total. Serão eleições
transparentes. Seremos duros contra a fraude. Vamos vedar todos os
locais para que não haja fraude", declarou Indjai.
Segundo referiu, os militares estarão vigilantes em relação a quem perturbe a ordem pública.
O
líder militar guineense foi saudado pelos seus pares da Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que lhe recomendarem
medidas de segurança em relação às próximas eleições.
O chefe das
Forças Armadas guineenses afirmou que vai tomar medidas em colaboração
com os soldados da ECOMIB (contingente militar da CEDEAO instalado na
Guiné-Bissau depois do golpe de Estado de 2012) no sentido de
tranquilizar o país.
António Indjai prometeu ainda garantir
segurança a todos os candidatos concorrentes às eleições, marcadas para
16 de março, mas que os partidos políticos e o presidente de transição,
Serifo Nhamadjo, admitem sejam adiadas
Entretanto, o presidente do
comité de chefes de Estado-Maior de Forças Armadas da CEDEAO, o general
Soumaila Bakayoko, da Costa do Marfim, afirmou no discurso de
encerramento da 33.ª reunião que tudo indica que as eleições serão
realizadas no dia 13 de abril.
Analisando a situação política na
Guiné-Bissau, os chefes militares da CEDEAO concluíram que "o ambiente é
calmo" e que as eleições estão a ser preparadas "com serenidade" para
que venham a ter lugar a 13 de abril, disse Soumaila Bakayoko.
Os
responsáveis militares da CEDEAO enalteceram igualmente o nível de
cooperação existente entre as Forças Armadas da Guiné-Bissau e o
contingente da ECOMIB (cerca de 750 militares e polícias), destacando as
disposições elaboradas para assegurar o bom desenrolar das eleições.
Enfatizaram
também as ações em curso no âmbito da reforma das forças armadas
guineenses, nomeadamente as obras de reparação das casernas levadas a
cabo por soldados do Senegal integrados no contingente do ECOMIB.
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