A Nigéria vai oferecer à Guiné-Bissau equipamentos para a manutenção da ordem no âmbito das eleições gerais de 16 de Março, anunciou hoje o presidente guineense de transição, Serifo Nhamadjo.
Em declarações aos jornalistas na chegada a Bissau, vindo da Nigéria,
Nhamadjo disse ter recebido a garantia da entrega de "uma encomenda de
equipamentos" para as forças de defesa e segurança por parte do
presidente nigeriano, Goodluck Jonathan.
O chefe de Estado de transição não especificou de que tipo de equipamento se trata.
Serifo Nhamadjo deslocou-se a Nigéria na terça-feira para se
avistar com Goodluck Jonathan, líder nigeriano que é também presidente
em exercício do grupo de contacto da CEDEAO (Comunidade Económica dos
Países da África Ocidental) para a Guiné-Bissau.
Nhamadjo disse ter dado conta das razões da prorrogação do prazo do
recenseamento eleitoral e descreveu os preparativos para a realização
das eleições na data marcada.
Sobre a manutenção da data das eleições no dia 16 de Março, o
presidente de transição prefere ouvir os restantes dirigentes do país,
partidos políticos, representantes da sociedade civil e representantes
da comunidade internacional.
"Eu prefiro pronunciar-me sobre isso só depois de me reunir amanhã
[quinta-feira] com todos os responsáveis dos órgãos de soberania e
comunidade internacional e após uma reunião com todas as forças
políticas e sociedade civil", observou Nhamadjo.
O presidente lembrou que é o "árbitro do processo" pelo que só se
deve pronunciar depois de recolher as opiniões "dos atores da
transição".
Nhamadjo destacou, contudo, que avançará para a decisão que for tomada pela maioria.
"O árbitro velará pelo cumprimento das regras, competirá aos
elementos que fazem parte da transição, os partidos e a sociedade civil,
dizer o que deve ser feito. Aquilo que a maioria decidir será feito",
garantiu Serifo Nhamadjo.
(in:lusa)
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