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sábado, 5 de abril de 2014

Serifo Nhamadjo, pediu hoje contenção dos candidatos

O Presidente guineense de transição, Serifo Nhamadjo, pediu hoje contenção dos candidatos às eleições gerais de dia 13, por respeito à memória do antigo chefe de Estado Kumba Ialá que morreu na sexta-feira, referiu um dos participantes no encontro.


Numa reunião que juntou todos os candidatos e partidos, na presença do primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, e do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general António Indjai, o Presidente guineense pediu que a campanha eleitoral seja suspensa até segunda-feira. 

Hélder Vaz, candidato à presidência e líder do partido Resistência da Guiné-Bissau (RGB), disse aos jornalistas que Nhamadjo pediu àqueles que queiram continuar a fazer campanha que o façam sem propaganda sonora durante o luto.
A suspensão da campanha durante os três dias de luto nacional já tinha sido determinada por decisão do Conselho de Ministros numa reunião extraordinária realizada na sexta-feira. 

No encontro, partidos e candidatos admitiram que neste período sejam feitos apenas contactos porta-a-porta, observou Vaz, salientando que o adiamento das eleições não foi sequer admitido.
"Nunca houve essa intenção [de adiar as eleições]. Desde o início da reunião todos os participantes convergiram [para a ideia] de que a data deve ser mantida. É importante para o país", disse o presidente da RGB.
Questionado sobre se foi discutida a data do funeral com honras de Estado de Kumba Ialá, Hélder Vaz referiu que o presidente de transição instou apenas o Governo no sentido de continuar a trabalhar com a família do defunto sobre a questão. 

Por alegadas indicações de Kumba Ialá, a família disse na sexta-feira que só vai realizar o funeral após a proclamação dos resultados das eleições de dia 13 e que só admite um resultado: a vitória de Nuno Nabian, candidato presidencial que era apoiado pelo antigo chefe de Estado guineense.

Perante estas declarações, o representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, pediu na sexta-feira que não haja qualquer aproveitamento político da morte de Kumba Ialá. 

Abordado pelos jornalistas no final da reunião de hoje, o general António Indjai disse que não tinha nada a declarar porque os militares estavam no encontro apenas para ouvir os políticos.
A Guiné-Bissau vive um período de campanha eleitoral com vista à realização de eleições gerais (legislativas e presidenciais) a 13 de abril, as primeiras depois do golpe de estado militar de abril de 2012.
O ex-presidente da Guiné-Bissau, Kumba Ialá, morreu na sexta-feira, aos 61 anos, devido uma crise cardíaca.
O corpo encontra-se na morgue no Hospital Militar de Bissau, em instalações guardadas por militares.


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