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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Apelo contra venda de redes antimalária oferecidas à população

O ministro da Saúde do governo de transição da Guiné-Bissau fez hoje um apelo para que a população utilize as redes mosquiteiras para se proteger da malária, em vez as vender nos mercados para ganhar dinheiro.


«Não faz sentido distribuir redes que depois acabam no mercado» em vez de protegerem contra a doença, que é a principal causa de morte no país, referiu num discurso em crioulo perante algumas centenas de pessoas.
Agostinho Cá falava em Bula, cidade onde o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) organizou uma cerimónia pública para iniciar a campanha de distribuição gratuita de um milhão de redes de mosquiteiras impregnadas com inseticida de longa duração.

As redes serão entregues até domingo no seguimento de um censo que registou o número de lares necessitados e há voluntários treinados pelo PNUD para revisitar parte das famílias e certificar-se que as redes estão a ser corretamente utilizadas.
Tal como acontece com outros donativos, a população guineense tenta vender os mais diversos produtos nos mercados informais de rua para ganhar algum dinheiro e escapar à pobreza extrema.
O presidente de transição, Serifo Nhamadjo, participou também na cerimónia de hoje para reforçar a necessidade de envolvimento de todas as forças vivas com vista ao "uso correto" da proteção anti-malária.

«As redes mosquiteiras impregnadas são a barreira mais eficaz contra a malária. Nas áreas mais remotas podem fazer a diferença entre a vida e a morte», destacou o representante do PNUD na Guiné-Bissau, Gana Fofang.
Estas proteções, que a população também chama de tendas, estão impregnadas de inseticida de longa duração (conhecido pela abreviatura MILDA) e são usadas para cobrir as camas como forma de proteção contra as picadas de mosquito que transmitem a doença.

Dormir sob estas redes é considerado uma medida de prevenção indispensável para fazer face a um mal que mata sobretudo as crianças com menos de cinco anos.

A campanha foi financiada com 4,2 milhões de euros do Fundo Mundial de Luta Contra a SIDA, Tuberculose e Malária.
No âmbito do mesmo programa, ao longo do próximo ano, vão ser feitos testes de despistagem da doença em todo o país e serão financiados os medicamentos para o tratamento em todas as pessoas que tenham paludismo (outra designação da malária), anunciou o PNUD.




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