BISSAU, Guinea Bissau - No dia 08 de Julho de 2014, no âmbito do Projeto de Reforço Efetivo dos Direitos das Meninas para protege-las contra as Práticas da Mutilação Genital Feminina (MGF), a Delegação da União Europeia junto da República da Guiné-Bissau e a Plan Internacional anunciam a cerimónia de encerramento da formação de formadores médicos no domínio de atendimento especializado às vítimas de MGF, pelas 12h00 no Hospital Nacional Simão Mendes.
Uma das atividades executadas pelo projeto visa a formação teórica e prática dos especialistas médicos dos hospitais de Bafatá e Gabú, a lidar com diferentes situações ligadas a tipologias de complicações e técnicas cirúrgicas inerentes a prática de MGF, incluindo a fistula genital.
A componente prática desta formação já está a decorrer nos serviços da maternidade do hospital Nacional Simão Mendes, e vai beneficiar cerca de meia dezena de mulheres identificadas com problemas de complicações ligadas a mutilação genital, através da intervenção cirúrgica e tratamentos adequados.
Recorda-se que na Guiné-Bissau, cerca de 50% das meninas continuam a ser vítimas da prática da MGF.
Além disto, uma larga proporção de mulheres precisa de tratamentos médicos pontuais devido às consequências desta prática associada à identidade étnica e tradicional com justificações religiosas.
Reforço Efetivo dos Direitos das Meninas
Quem vai BENEFICIAR com esse projeto?
· O projeto está a beneficiar 40 comunidades das regiões de Bafatá e Gabú e todas as mulheres que beneficiarão da assistência médica especializada nas 2 estruturas hospitaleiras apoiadas pelo projeto sobre as complicações inerentes a prática de MGF .
Quem FINANCIA e quem COORDENA?
· O financiamento de 291 milhões de Francos CFA é conferido a 67% pela União Europeia e a 33% pela ONG PLAN Alemanha.
· A coordenação deste projeto (que arrancou em Janeiro de 2012 com uma duração de 36 meses) é confiada à PLAN Guiné-Bissau, em parceria com 3 Organizações Não-Governamentais guineenses:
SINIM MIRA NASSIQUE, RENLUV e RENE RENTE.
Por que é um PROJETO INOVADOR?
· Além da melhoria das capacidades de atendimento médico das mulheres vítimas de complicações ligadas à MGF, o projeto promove a sensibilização das comunidades alvo nas regiões de Bafatá e Gabú, com a formação de grupos específicos (incluindo lideres tradicionais e religiosos, fanatecas, matronas, jornalistas e crianças) sobre os direitos humanos e as consequências das práticas nefastas, incluindo as MGF.
· As ONG Bissau-guineenses também melhorarão as suas capacidades de intervenção e de actuação em matéria de MGF.
· As ações de advocacia efetuadas no quadro do projeto poderão apoiar a aplicação concreta da lei que proíbe as MGF e facilitar o abandono das práticas nefastas.
(fonte: european commission)
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