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Joseph Pulitzer

sábado, 19 de julho de 2014

Enviado da ONU revê esforços para libertação das 206 meninas

Representante para a África Ocidental também se reuniu com Malala Yousafzai, jovem que defende o direito à educação feminina e que doou 200 mil dólares à educação no país.



Durante uma visita de cinco dias à Nigéria, o enviado especial para a região da África Ocidental, Said Djinnit, reforçou o compromisso das Nações Unidas para a “unidade e estabilidade” do país e averiguou o andamento da luta contra o terrorismo e as negociações para a libertação das mais de 200 meninas sequestradas, que já permanecem mais de 90 dias em cativeiro.
Na capital do país, Abuja, o representante especial do secretário-geral para a região se reuniu com oficiais do governo e líderes de assembleia nacional, assim como chefes de defesa e serviços de segurança, para revisar os esforços feitos para resgatar as estudantes capturadas em 14 de abril em Chibok e lidar com a crise gerada pelas actividades do Boko Haram, os rebeldes que operam no norte do país e responsáveis pelo rapto das meninas.
Por sua parte, Djinnit confirmou que a ONU começou a implementar um pacote de apoio integrado que inclui suporte para as meninas de Chibok, suas famílias e comunidades, com ênfase no aconselhamento psico-social e na ajuda para reintegrá-las a suas famílias e comunidades.
 

Durante sua vista ao país, Djinnit também explicou a Malala Yousafzai os detalhes do plano de apoio. A activista paquistanesa que defende o direito à educação das mulheres decidiu comemorar o seu 17o aniversário na Nigéria “em solidariedade a suas irmãs nigerianas e seu familiares”.
Yousafzai afirmou entender o sofrimento das meninas, tendo ela mesma sofrido um atentado no passado por defender a educação para meninas. Através do seu Fundo Malala, a jovem paquistanesa doou 200 mil dólares para a educação na Nigéria e se ofereceu para ajudar os esforços das Nações Unidas para mitigar o impacto do sequestro e ajudar as meninas a voltar a frequentar a escola.
Citando exemplo de jovens estudantes estupradas e mortas na Índia e forçadas a casar-se ainda crianças no Paquistão, Yousafzai pediu à comunidade internacional que proteja as meninas em todo o mundo. “Nenhuma criança em nenhum lugar do mundo deveria ser alvo de conflitos ou violência”, disse.

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