Novo governo guineense, empossado na passada sexta-feira (4/07) já está em funções, não há tempo a perder e as prioridades de cada ministério anunciam-se.
O novo governo nomeado pelo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, composto por 16 ministros e 15 secretários de Estado, já está em funções, hoje (7/07) teve lugar a cerimónia de atribuição de pastas e dossiers dos governantes cessantes ao novo executivo, que vai agora definir prioridades.
Entretanto o novo chefe da diplomacia guineense Mário Lopes da Rosa,
até agora ministro das Pescas, e a médica-militar Cadi Mané, nova
ministra da defesa, partiram para o Gana, onde esta semana tem lugar uma
reunião da CEDEAO, sobre segurança e mediação de conflitos na
sub-região oeste africana.
Já ontem à noite (6/07) foi libertado o general Melcíades Gomes
Fernandes, mais conhecido por "Manuel Mina", refugiado há 21 meses na
sede da União Europeia em Bissau, por se considerar ameaçado de morte,
na sequência do golpe de Estado militar de 12 de Abril de 2012.
A justiça militar acusa "Manel Mina" de ser o alegado autor da
atentado à bomba que em 2009 matou o general Tagmé Na Waie, antigo Chefe
de Estado Maior das Forças Armadas guineenses, morto poucas horas antes
do então Chefe de Estado "Nino" Vieira.
Doménico Sanca, secretário de estado da Ordem Pública, considera que se tratou de "um acto muito importante...que faz parte da normalização do nosso país" e "agradeceu à União Europeia pelo acolhimento que deu ao general". (in: RFI)
Primeiro-ministro diz que o país precisa de ordem, disciplina e trabalho
Domingos Simões Pereira: «Temos que proteger e apoiar aqueles que querem trabalhar, acompanhar os mais audazes e empreenderes», disse o Primeiro-ministro.
Por outro lado, Simões Pereira revelou que o seu Governo vai procurar os benefícios das suas vantagens comparativas e correr a «milhas extra» para apoiar as famílias guineenses a melhorarem as suas condições de vida e ocuparem a posição mais privilegiadas do circuito.
«Não aceitamos falsos nacionalismos movidos moralmente com a intenção de travar a concorrência, promover direitos monopolistas ou meramente garantir interesses instalados», alertou.
Neste discurso, Simões Pereira disse que é fundamental apostar na Saúde e na Educação para que todos possam contribuir efectiva e eficazmente no processo de desenvolvimento da nação.
Falando concretamente sobre a Saúde, o Chefe do Governo revelou que o país sofre maior índice de mortalidade infantil e materna, ou seja, quatro em cada dez crianças não celebram o seu quinto aniversário, oito em cada 1000 mulheres morre durante o parto.
«É o imperativo deste Governo tudo fazer para assegurar a melhoria de prestação de cuidados de saúde materno infantil», defendeu.
Ao nível das escolas disse que o analfabetismo é alarmante, com condições para obstruir os esforços do desenvolvimento durável.
A terminar, Simões Pereira declarou os próximos anos como os anos da Guiné-Bissau, de prosperidades comum, bastando apenas estabelecer e cumprir as regras para este efeito.
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