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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

ONU promete apoio às autoridades de Bissau para combater tráfico de droga

A garantia de apoio foi transmitida a Doménico Sanca por Pierre Lapaque, representante da instituição para a África Ocidental, que se encontra na Guiné-Bissau numa visita de quatro dias para contactar com as novas autoridades



Um governo e um presidente eleitos tomaram posse em junho e julho passados, permitindo ao Estado guineense voltar à norma constitucional, depois do golpe de Estado militar de abril de 2012, que tinha levado à nomeação de autoridades de transição.

Lapaque, cujo escritório está sedeado no Senegal, reuniu-se com o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, com os ministros da Administração Interna, Botché Candé, e a da Justiça, Carmelita Pires, e ainda com o secretário de Estado da Ordem Pública, Doménico Sanca.

Este último disse à Lusa ter ficado satisfeito com a disponibilidade de apoios anunciados por Pierre Lapaque, tendo sublinhado que as novas autoridades guineenses "contam com toda a comunidade internacional" para lutar contra o tráfico de droga e todo o tipo de crime organizado.

Doménico Sanca afirmou que, no âmbito da "retoma da ordem constitucional", a Guiné-Bissau vai relançar todo o trabalho que estava em curso no âmbito do combate "às ilicitudes que possam ocorrer" no país.

"A Guiné-Bissau tem sido bastante vitimizada com o rótulo de narco-Estado", disse Doménico Sanca que discorda da classificação.

O governante entende que o país tem "muitas fragilidades" no sistema de vigilância das suas fronteiras, sobretudo marítimas, o que, disse, pode ter facilitado "num momento" o trânsito de drogas para outras partes do mundo.

"Temos problemas na fiscalização das nossas águas territoriais, mas pensamos que a Guiné-Bissau não é um narco-Estado pelo que não merece esse rótulo porque não fabrica nenhuma droga", observou Doménico Sanca.

Para o secretário de Estado da Ordem Pública, com o trabalho a ser desenvolvido pelas novas autoridades, com os apoios anunciados pela comunidade internacional e ainda com a colaboração da população "vai ser possível construir uma nova Guiné", enalteceu.
 

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