As diabruras das equiparações de cargos a nível governamental.
No meu país, os cargos de gestão sempre foram atribuídos aos amigos, conhecidos, familiares e pessoas com a mesma filiação partidária. Chegámos a um ponto em que temos que avançar…mas isto cansa.
Nunca se elegeram pessoas cuja gestão fosse um modelo a seguir. Infelizmente muitos necessitavam ter sucessivos balões de oxigénio para puderem levar a bom porto o seu trabalho.
De estranhar não existir ainda hoje no meu país, uma legislação de trabalho que trate exclusivamente da Gestão de Cargos e Salários. A importância disso, é a possibilidade que se tem de garantir uma avaliação justa, de tarefas e responsabilidades de cada cargo, atribuindo-lhes valores justos e coerentes.
A falta do mesmo no Estado e empresas, faz com que se promovam ou se equiparem individualidades sem uma adequada avaliação para o efeito. Normalmente em todo o Mundo civilizado, a entidade responsável por isso tem sido sempre o Ministério de Trabalho, aliás não fazia sentido ser de outra maneira, mas no meu país!... bem, é irrelevante.
O plano impossibilitaria assim, equiparações de cargos e funções de forma arbitrária, pois a equiparação de regalias, deveria sómente ser possível, em caso de se exercer a mesma função, independentemente dos cargos terem ou não, a mesma denominação.
Não nos esqueçamos que cargo, é a posição que uma determinada pessoa ocupa dentro de uma determinada estructura organizacional, enquanto que função, é o conjunto de tarefas e responsabilidades inerentes ao cargo desempenhado.
Após o período obscuro do regime militar, gerou-se a esperança de um novo tempo de progresso e justiça social. Este governo afirmou um sério compromisso com a evolução da sociedade guineense. Como tal, deve o governo limitar o poder discricionário e estar atento ao que realmente interessa.
(de: Otilio Camacho, 9/8/2014)
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