COM O TEMPO UMA IMPRENSA CÍNICA, MERCENÁRIA, DEMAGÓGICA E CORRUPTA, FORMARÁ UM PÚBLICO TÃO VIL COMO ELA MESMO

Joseph Pulitzer

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Campanha eleitoral na Guiné-Bissau decorre sem quaisquer incidentes de maior

O representante especial do Secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Ramos Horta, disse hoje numa entrevista que a campanha eleitoral para as legislativas de 13 de Abril, está a decorrer sem quaisquer incidentes de maior.


“A campanha eleitoral tem decorrido bastante bem, sem quaisquer incidentes de maior, à excepção de um incidente registado há cerca de duas semanas, agressão a um candidato do PRS por elementos ligados ao sector militar, mas a situação foi ultrapassada quase de imediato”, lembrou.
Ramos Horta adianta que o ambiente tem sido muito festivo, com os políticos a “portarem-se muito bem”, sem que houvesse registos de ataques pessoais, discursos incendiários de instigação à violência ou ao ódio racial.
“O tom de discurso, das intervenções durante esse período de campanha, assim como foi observado por outros elementos das Nações Unidas e outros parceiros internacionais tem sido altamente positivo. Não tem havido também interferência por parte dos militares. Obviamente que não é possível evitar que haja telefonemas, SMS a insinuar e a ameaçar. Acontece e têm sido reportados, mas é muita pequena nota”, salientou.

A apesar do súbito falecimento, esta sexta-feira, do ex-presidente guineense Kumba Ialá, Ramos Horta sublinhou durante o contacto telefónico com a Inforpress, que a comunidade internacional presente naquele país defendem que as eleições não devem ser adiadas.
“O Governo decretou três dias de luto nacional, há um sentimento de pesar generalizado, mas acredito que não vai afectar o andamento do calendário eleitoral. O processo continua, a campanha provavelmente será interrompida durante o período de luto nacional, mas será retomada para que as eleições aconteçam no dia 13 de Abril”, disse o representante de Ban Ki Moon na Guiné-Bissau.

Ramos Horta garante que todos os meios materiais estão providenciados, designadamente os boletins de votos, equipamentos e dinheiro extra cash para as instituições que trabalham no dia-a-dia designadamente o Supremo Tribunal de Justiça, a Comissão Nacional das Eleições, as instituições responsáveis pela segurança.
Questionado sobre as denúncias da suposta compra de votos nas vésperas das eleições, Ramos Horta disse acreditar que o povo  guineense é “maduro” o suficiente para votar em consciência e em sintonia com a confiança em relação ao candidato e ao partido.

“O guineense é muito mais astuto do que se pensa. Ele ou ela tem a sua preferência, a sua lealdade baseada no conhecimento que tem em relação ao partido, lealdade e afinidades por razoes étnicas, tribais e culturais. Mas obviamente que ele vai recebendo apoio de todos”, frisou.
“Não vejo isso como problema e digo a eles para receberem tudo que alguém lhes oferecer. O importante é vossa consciência na hora do voto”, salientou Ramos Horta indicando que as eleições vão contar com aproximadamente 400 observadores.

A campanha eleitoral decorre desde o dia 22 de Março, com vista às eleições presidenciais e legislativas, agendadas para o próximo dia 13 de Abril.
Estão a concorrer 15 partidos nacionais, que procuram conseguir lugares no parlamento local e Assembleia Nacional, bem como 13 candidatos presidenciais.




Sem comentários:

Enviar um comentário