"Para podermos avançar, fica claro que precisamos de uma revolução a nível global na forma como se encaram as minorias, os marginalizados e os pobres", afirmou Xanana Gusmão no discurso enviado hoje à agência Lusa.
Segundo o primeiro-ministro timorense, é preciso dar resposta às "causas que estão na base do extremismo e da intolerância" através do combate à desigualdade, pobreza, desemprego, exclusão e discriminação.
"Todos sabemos que é fácil usar as diferenças e as injustiças para incitar as tensões e, por isso, precisamos de dar a cada facção a oportunidade de falar com as outras, para que não recorram ao ódio e a acções de violência", insistiu Xanana Gusmão.
No discurso, Xanana Gusmão pediu também aos líderes internacionais para alterarem a forma como olham para os "problemas no mundo em vias de desenvolvimento".
"Essa é a condição primária para gerar confiança e minimizar as hostilidades", disse, concluindo que o mundo precisa de mais humanismo, convicção, dedicação e coragem dos seus líderes para promover a aliança de civilizações.
O primeiro-ministro timorense viajou na quinta-feira para Bali, na Indonésia, para participar no VI Fórum Mundial da Aliança das Civilizações da ONU, que terminou domingo.
Hoje, Xanana Gusmão viajou para Samoa, onde vai participar na Conferência da ONU sobre Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, que vai decorrer até quarta-feira.
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