As autoridades da região de Gabú, no leste da Guiné-Bissau, receberam hoje da Associação dos Amigos da Criança (AMIC) 51 crianças guineenses resgatadas da mendicidade e trabalho forçado no Senegal, disse à Lusa fonte da associação.
Fernando Cá, administrador da AMIC (ONG dedicada à proteção dos direitos dos menores), indicou à Lusa que as crianças foram recolhidas nas ruas de várias cidades do Senegal e algumas em plantações de algodão.
"Algumas dessas crianças foram resgatadas em campos de plantação de algodão, completamente esgotadas fisicamente, pois eram submetidas a trabalhos forçados", disse Fernando Cá.
As crianças, com idades entre oito e 17 anos, foram encaminhadas para o centro de acolhimento de crianças e devolvidas às suas famílias.
Fernando Cá notou que três crianças integrantes do grupo "são reincidentes" por terem sido "apanhadas já por três vezes" no Senegal para onde são enviadas pelos pais supostamente para aprenderem o Corão.
Na realidade essas crianças são forçadas à mendicidade pelos mestres corânicos, frisou Fernando Cá, que critica a actuação das autoridades políticas da Guiné-Bissau e de países vizinhos que "nada fazem" para travar o que a AMIC diz ser tráfico de crianças.
"Existe a lei 12/2012 que criminaliza o tráfico de crianças mas temos notado que essa disposição legal não tem sido cumprida aqui no país", assinalou o administrador da AMIC, lamentando que "nunca foi castigado nenhum traficante de crianças".
Fernando Cá adiantou que as crianças são resgatadas no Senegal, os responsáveis são identificados, tal como os seus pais, mas as autoridades nunca castigam ninguém.
"Nós fazemos o nosso trabalho de denúncia, os parceiros ajudam no combate ao fenómeno, mas as autoridades deviam mostrar mais determinação na luta contra essa prática", sublinhou.
"Algumas dessas crianças foram resgatadas em campos de plantação de algodão, completamente esgotadas fisicamente, pois eram submetidas a trabalhos forçados", disse Fernando Cá.
As crianças, com idades entre oito e 17 anos, foram encaminhadas para o centro de acolhimento de crianças e devolvidas às suas famílias.
Fernando Cá notou que três crianças integrantes do grupo "são reincidentes" por terem sido "apanhadas já por três vezes" no Senegal para onde são enviadas pelos pais supostamente para aprenderem o Corão.
Na realidade essas crianças são forçadas à mendicidade pelos mestres corânicos, frisou Fernando Cá, que critica a actuação das autoridades políticas da Guiné-Bissau e de países vizinhos que "nada fazem" para travar o que a AMIC diz ser tráfico de crianças.
"Existe a lei 12/2012 que criminaliza o tráfico de crianças mas temos notado que essa disposição legal não tem sido cumprida aqui no país", assinalou o administrador da AMIC, lamentando que "nunca foi castigado nenhum traficante de crianças".
Fernando Cá adiantou que as crianças são resgatadas no Senegal, os responsáveis são identificados, tal como os seus pais, mas as autoridades nunca castigam ninguém.
"Nós fazemos o nosso trabalho de denúncia, os parceiros ajudam no combate ao fenómeno, mas as autoridades deviam mostrar mais determinação na luta contra essa prática", sublinhou.
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