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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Ex-primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, quer participar das eleições

O ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, do PAIGC, garante que o seu recenseamento, na cidade da Praia, em Cabo Verde, marcou o processo da sua participação nas eleições gerais no seu país, previstas para 16 de março.


 O ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, do PAIGC, garante que o seu recenseamento, sábado passado, na cidade da Praia, em Cabo Verde, marcou o processo da sua participação nas eleições gerais no seu país, previstas para 16 de março próximo.
Em Portugal, desde o golpe de Estado de 12 de abril de 2012 contra o seu Governo, Carlos Gomes Júnior reafirma, desta forma, a sua determinação a regressar à Guiné-Bissau.
No entanto, para regressar, é fundamental que estejam reunidas as condições necessárias para que o processo eleitoral decorra com normalidade e segurança, nomeadamente as liberdades de expressão e de manifestação.
Destas condições consta também a segurança para que todos os guineenses que queiram regressar à terra mãe o possam concretizar, de acordo com as premissas de um Estado de direito democrático e garantias já avançadas pela comunidade internacional, nomeadamente as Nações Unidas e a União Africana, da realização de eleições livres e justas, inclusivas e transparentes.
O presidente do PAIGC, que passou a quadra festiva na cidade da Praia e que deve regressar  nos próximos dias a Portugal,  "acompanha com muita preocupação e tristeza o rumo que o seu país tomou desde o golpe de Estado", segundo a Panapress.
Carlos Gomes Júnior espera que as autoridades ilegais que assumiram de forma ilegítima o poder na Guiné-Bissau saibam terminar o processo de transição.
"Não é por ser um Governo inclusivo com todas as forças políticas presentes, incluindo os partidos políticos sem representação na Assembleia Nacional Popular, logo, sem legitimidade popular, que lhe confere a legalidade necessária para governar e representar o povo", frisou, citado pela agência de notícias.
Ele sublinhou que "urge concluir o processo de transição e devolver a palavra ao povo".
Para Carlos Gomes Júnior, "esta é a última oportunidade que a comunidade internacional oferece à Guiné-Bissau para que o país possa retomar o processo de normalidade democrática e de respeito pela ordem constitucional".
Carlos Gomes Júnior, que venceu a primeira volta das eleições presidências e era apontado como o favorito na segunda volta do escrutínio, interrompido pelo gole de estado de 12 de abril de 2012,  disse confiar na força e na determinação do povo guineense.
A seu ver, desde a interrupção do processo democrático no país, soube "resistir às adversidades impostas, nomeadamente a privação de liberdades fundamentais garantidas pela Constituição da República e a degradação crescente das condições sociais e económicas.
Também soube resistir ao isolamento internacional que priva os guineenses da ajuda e assistência internacionais fundamentais no domínio da saúde, da educação e do desenvolvimento económico", acrescentou.
Carlos Gomes Júnior disse acreditar que o tempo está a chegar para, juntos, os guineenses ultrapassarem os desentendimentos e os desafios e advogou "a conciliação e o empenho de todos na construção de um país melhor para todos".
O presidente do PAIGC conta regressar brevemente à Guiné-Bissau para, em conjunto com o Governo eleito nas próximas eleições, ajudar a realizar o sonho de Amílcar Cabral e guiar a construção de um Estado próspero".

 (in: pdigital)

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