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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Nhamadjo aborda vários assuntos na mensagem de fim de ano

Na tradicional mensagem de fim de ano, o Presidente de transição, Manuel Serifo Nhamadjo, abordou vários assuntos a nível nacional e internacional.



Desde a economia da Guiné-Bissau, à ultima campanha de comercialização de castanha, à sociedade, aos sindicatos, transportes, infra-estruturas, electricidade e estradas, algumas das quais em vias de asfaltarão no que respeita ao interior do país.

A situação de reformas nos sectores da Defesa e Segurança, Justiça e o processo eleitoral em curso no país, assim como o caso dos cidadãos sírios que embarcaram em Bissau para Lisboa, também foram outros assuntos que não escaparam à atenção de Serifo Nhamadjo.

Neste sentido, Nhamadjo disse que a Guiné-Bissau ainda continua a passar por um período de muitas turbulências, iniciadas em 2012. «Não é dúvida para ninguém que o nosso país tem passado e continua a passar turbulências em todos os sentidos», disse.

Com efeito, o Presidente de transição afirmou que as consequências destas turbulências foram sentidas na vida económica e nos guineenses. Assim, sublinhou que tudo aconteceu numa altura em que a Guiné-Bissau ainda mais se precisa e foi virada as costas.

No que diz respeito ao sector da Justiça, Nhamadjo referiu que a mesma não pode ser imposta pela lei da força, manifestando-se preocupado com os processos judiciais.

A situação do clima de insegurança foi outro dos temas abordados pelo Presidente de transição.

Serifo Nhamadjo mostrou-se preocupado com a última campanha de comercialização de castanha de caju, sublinhando a necessidade de se trabalhar mais sobre a próxima campanha agrícola da castanha.

No que se refere a perspectivas, Nhamadjo anunciou o início das obras de reabilitação de vias rodoviárias no interior do país e a conclusão do estudo sobre a construção da Ponte de Rio Farim.

Sobre o assunto de destaque na actualidade guineense, ou seja, o caso do embarque dos cidadãos sírios no dia 10 de Dezembro, Nhamadjo disse que continua a esperar a reacção do chefe do Governo de transição sobre o pedido de demissão apresentado por Delfim da Silva e o facto de o ministro do Interior, António Suca Ntchama, ter colocado o seu lugar à disposição.

À comunicação social, apresentou uma curta nota, embora muito importante no alegado trabalho de reconciliação dos guineenses.

No que respeita ao falhanço no cumprimento da data inicialmente agendada para as eleições gerais, no dia 24 de Novembro, Nhamadjo disse que esta situação não aconteceu devido à falta de verbas, o que levou os chefes de Estado dos países membros da CEDEAO a reunir-se em Dakar para atribuir verbas ao país para que fosse possível iniciar o trabalho.

Em relação ao processo de recenseamento eleitoral em curso na Guiné-Bissau, o Presidente de transição apelou à participação de todos nesta inscrição, com o escrutínio agendado para 16 de Março. Nhamadjo aproveitou a ocasião para revelar que, neste momento, já se encontram no terreno 150 kits de recenseamento eleitoral, agradecendo o apoio prestado por Timor-Leste neste processo.

A terminar, o Presidente de transição afirmou que jamais haverá instabilidade militar na Guiné-Bissau, sublinhando que fará de tudo para que todas as pessoas possam recensear-se, mesmo que seja necessário solicitar à Assembleia Nacional Popular para reduzir as datas, com vista a não comprometer o dia 16 de Março 2014.


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