REFORMA NA DEFESA DA GUINÉ-BISSAU
Os chefes militares dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) vão debater as reformas no setor da defesa da Guiné-Bissau num encontro na próxima semana em Bissau, anunciou hoje a organização.
O estudo do programa de reformas faz parte da agenda da 33.ª reunião ordinária do comité de chefes de estado-maior da CEDEAO a realizar de 17 a 19 de fevereiro em Bissau.
Segundo um comunicado divulgado hoje, no encontro será feito um ponto de situação sobre "o reforço e o alojamento das tropas da missão da CEDEAO na Guiné-Bissau (ECOMIB)" e haverá visitas a espaços militares guineenses reabilitados.
Para além da Guiné-Bissau, os chefes militares vão debruçar-se sobre as condições de segurança na Costa do Marfim, Mali e Libéria e no espaço marítimo da comunidade.
No final de 2013, o Conselho de Segurança da ONU apelou "à CEDEAO e aos estados membros, bem como aos parceiros internacionais, para darem mais suporte à ECOMIB", o contingente militar estacionado na Guiné-Bissau após o golpe de estado de abril de 2012.
O apelo surgiu devido ao registo de casos de violação de direitos humanos, espancamentos e intimidação, "por agentes armados do Estado e de fora da esfera estatal", sem que ninguém tenha sido levado perante a justiça.
O Conselho de Segurança lamentou ainda "severamente as repetidas interferências dos militares nos assuntos civis" na Guiné-Bissau e pediu "respeito" pela ordem constitucional e processo eleitoral, sem mais adiamentos.
A Guiné-Bissau vive um período de transição política, tem eleições marcadas para 16 de março de 2013, mas em vias de ser adiadas devido ao prolongamento no recenseamento eleitoral.
(in: lusa)
Sem comentários:
Enviar um comentário