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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Presidente do PAICV felicita novo líder do partido guineense PAIGC


O presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), no poder desde 2001, felicitou hoje Domingos Simões Pereira pela eleição como líder do PAIGC e desdramatizou um eventual adiamento das eleições gerais guineenses previstas para Março.



Em declarações à agência Lusa, José Maria Neves, também primeiro-ministro cabo-verdiano, indicou ter já telefonado ao novo presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) para o felicitar pela "grande vitória" obtida no Congresso, que terminou na terça-feira em Cacheu (noroeste da Guiné-Bissau).

"Já tive oportunidade de lhe telefonar a dar os parabéns pela sua grande vitória. Espero que, com a resolução da questão da liderança no PAIGC, haja condições para os partidos políticos concorrerem livremente às eleições, para que se forme o novo Governo e se relance a dinâmica democrática da paz, estabilidade e desenvolvimento da Guiné-Bissau", afirmou o líder cabo-verdiano.

"O PAIGC é o maior partido da Guiné-Bissau, com projecção nacional e internacional, e, enquanto pilar importante da democracia no país, é importante que haja uma liderança clara, que possa projectar o futuro do país e contribuir para a paz, estabilidade e reconstituição do Estado de Direito democrático, bem como criar os alicerces para o desenvolvimento", acrescentou.

Questionado sobre um eventual adiamento das eleições presidenciais e legislativas marcadas para 16 de Março, José Maria Neves desdramatizou-o, sublinhando ser mais importante que estejam criadas as condições para a realização das duas votações, que podem ser remarcadas para 13 de Abril.

Sobre as relações entre os dois partidos, que fizeram um percurso juntos desde a fundação, em 1956, até 1980, altura em que cada um seguiu o seu caminho, José Maria Neves considerou-as "normais".

"As relações são normais. O PAIGC e o PAICV são herdeiros do legado de Amílcar Cabral e devem contribuir para que os seus ideais sejam realizados nos dois países e, agora, para os novos desafios: o desenvolvimento dos dois países, para que os guineenses e os cabo-verdianos possam viver muito melhor, com mais dignidade, num ambiente de liberdade, democracia, progresso e bem-estar social", concluiu.

Fundado em 1956, o PAIGC dividiu-se em dois em 1980, na sequência do golpe de Estado que derrubou o regime guineense de Luís Cabral, protagonizado pelo então primeiro-ministro, João Bernardo "Nino" Vieira, pondo cobro ao sonho da unidade entre Cabo Verde e a Guiné-Bissau defendido por Amílcar Cabral.

A decisão foi tomada unilateralmente pela "ala cabo-verdiana" do PAIGC, então liderada por Aristides Pereira, na altura presidente de Cabo Verde, levando à criação do PAICV.


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