As clivagens no seio dos partidos da Guiné-Bissau ficaram vincadas durante a campanha eleitoral para as eleições de domingo com dirigentes e militantes de um partido a apoiarem candidatos de outros quadrantes.
A situação era pouco visível nos primeiros dias da campanha, mas tem vindo a acentuar-se com o aproximar do dia da votação e é notória sobretudo no interior dos dois principais partidos guineense, o PAIGC e o PRS.
Nos comícios veem-se apoiantes com adereços do partido que apoiam nas legislativas, mas também com material de um candidato presidencial de campo adversário.
Nas hostes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) há sedes de campanha que ostentam cartazes do partido ao lado de propaganda de um candidato, regra geral, independente.
É o caso de Paulo Gomes, que muitos apoiantes do PAIGC "trazem" colado nas suas tarjas de campanha, como se fosse apoiado pelo partido - quando o candidato apoiado pelo PAIGC às presidenciais é José Mário Vaz (conhecido por Jomav).
"Eu apoio o meu partido cem por cento nas legislativas, quero que o camarada Domingos Simões Pereira seja eleito primeiro-ministro, mas também apoio Paulo Gomes para Presidente", dizia à Lusa o jovem Bunca Djaló, no bairro de Luanda.
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