Os funcionários afectos ao Ministério do Interior, nomeadamente os agentes da Polícia de Ordem Pública, Polícia de Intervenção Rápida, Guarda Nacional e colaboradores do Serviço de Informação do Estado não recebem os seus ordenados desde Janeiro.
São desconhecidas as verdadeiras razões deste longo período de atraso no pagamento dos salários aos agentes da força da ordem guineense.
Uma fonte da direcção financeira do Ministério do Interior informou que esta instituição entra diariamente em contacto com o Ministério das Finanças no sentido obter informações sobre a data de pagamento dos salários, mas ainda sem sucesso.
«Todos os dias passamos o nosso tempo no Ministério das Finanças para saber do pagamento dos salários, mas infelizmente pedem-nos para aguardarmos ainda mais», revelou a fonte.
Enquanto se assiste a esta realidade, com o Presidente de transição Serifo Nhamadjo a auto avaliar-se como positivo por ter cumprido a sua missão durante os dois anos do período de transição, alguns sectores do Ministério do Interior, incluindo os soldados, ameaçam sair às ruas para reclamarem o pagamento dos seus vencimentos, tal como acontece com os outros sectores da administração pública, que viram os seus problemas resolvidos junto do Governo de transição liderado por Rui Barros, através das greves e de outras formas de protestos.
De referir que o Governo de transição aprovou em Conselho de Ministros o dia 22 de cada mês como a data limite para o pagamento dos salários aos servidores públicos, tendo mesmo esta lei sido publicada no Boletim Oficial da Guiné-Bissau, mas não acontece na prática há alguns meses.
Tal como acontece com o Ministério do Interior, o período em atraso para pagamento dos salários nos outros Ministérios varia entre os dois e os quatro meses.
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