O Presidente da República timorense apelou hoje à união e ao reforço da estabilidade, ingredientes essenciais para a estratégia de desenvolvimento do país, que hoje cumpre 13 anos da restauração da sua independência.
"Sem estabilidade não há desenvolvimento. A paz, a segurança de 
pessoas e bens, a confiança na justiça e o respeito pela lei são 
indispensáveis para atrair investimento e promover o desenvolvimento", 
disse Taur Matan Ruak. 
"Temos de estar 
unidos e reforçar a estabilidade, para implementar a nossa estratégia de
 desenvolvimento e fintar quem nos quer mal", afirmou. 
O chefe de Estado falava em Maliana onde hoje presidiu às cerimónias 
oficiais do 13.º aniversário da restauração da independência timorense. 
Considerando essencial fortalecer a "confiança e o respeito 
internacional" no país, Taur Matan Ruak disse que Timor-Leste está a dar
 passos nesse sentido, com "políticas moderadas e inclusivas da 
liderança nacional", para reforçar estabilidade e com o apoio de 
"diplomacia inteligente". 
"Para 
desenvolver e melhorar a vida de todos na nossa terra amada, temos de 
pensar no interesse do país, não só no interesse individual", afirmou. 
"Só unidos e com dedicação a Timor podemos alcançar uma vida melhor, num país melhor", afirmou. 
Recordando que este ano se cumprem 500 anos da chegada a Timor-Leste 
dos primeiros missionários portugueses e que o país preside este ano à 
CPLP, Taur Matan Ruak evocou os laços lusófonos de uma nação "asiática e
 cristã". 
No ano em que são condecorados, colectivamente, os PALOP, o chefe de Estado recordou o apoio dos países 
de língua portuguesa à independência de Timor-Leste e também dos activistas e jornalistas que "deram um apoio inabalável à nossa luta". 
"Jornalistas corajosos, de Portugal e outros países deram a conhecer ao
 mundo a Resistência Timorense e a violação dos direitos humanos na 
nossa terra", afirmou. 
"Muitos amigos e 
amigas de Timor-Leste organizaram e lideraram redes de apoio à 
resistência nas sociedades civis dos seus países. Ajudaram a recolher 
apoio financeiro e outro apoio material, e mobilizaram a opinião pública
 mundial contra a ocupação de Timor", recordou. 
Em momento de memória, Taur Matan Ruak recordou ainda o papel da 
diplomacia da resistência que "durante 24 anos acreditaram na vitória e 
não esqueceram o sofrimento do povo dentro do país", com um "abraço 
especial" para o "pai da diplomacia" timorense, José Ramos-Horta. 
Em Maliana, capital do distrito fronteiriço de Bobonaro, Taur Matan 
Ruak recordou a importância da "estabilidade e da paz para o comércio e 
desenvolvimento da economia", processo para o qual contribui a 
cooperação de Timor-Leste com os dois vizinhos, Indonésia e Austrália. 
Com 98% da fronteira terrestre já definida o grande desafio, disse, é 
agora a fronteira marítima, com Díli a continuar "a aguarda resposta" de
 Camberra à sua proposta de retomar negociações. 
"Timor-Leste vê o desenvolvimento do país como um processo que deve 
trazer vantagens para todas as partes envolvidas. O desenvolvimento deve
 gerar novas oportunidades de comércio e cooperação com as regiões 
vizinhas", disse. 
Com Díli a registar 
grande parte do desenvolvimento vivido por Timor-Leste nos últimos anos,
 o Presidente da República insiste que pode ser nestas relações que se 
desenvolvem outras zonas do país. 
"O processo de desenvolvimento tem de contribuir rapidamente para promover a criação de emprego noutras zonas do país", disse. 
"Temos que avançar tão rapidamente quanto possível e criar mais centros
 de dinamismo económico noutras regiões. O Estado tem de levar os 
serviços públicos à população - a todo o país", afirmou.


Sem comentários:
Enviar um comentário