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quarta-feira, 13 de maio de 2015

Conexão Lusófona forma jornalistas para "incentivar o pensamento crítico"

Cinco jovens da Guiné-Bissau vão ser os novos repórteres de um portal da lusofonia após uma semana de formação em Jornalismo Digital promovida pela associação Conexão Lusófona na capital guineense.


O objectivo é "incentivar o pensamento crítico", não só acerca do país, mas "sobre todo o espaço lusófono, como uma comunidade", explicou à agência Lusa a presidente da associação, Laura Vidal.

A formação na Universidade Lusófona de Bissau contou com 45 participantes, incluindo estudantes de jornalismo da instituição e profissionais de comunicação social do país.

Depois da capacitação para o uso de ferramentas de comunicação na Internet, "podem escrever sobre temas comuns" a todos os países que falam português - a exemplo dos trabalhos publicados no portal www.conexaolusofona.org na Internet e que vão de peças jornalísticas a crónicas.

A ambição passa agora por conseguir levar o grupo de cinco jovens guineenses para treino em contexto de trabalho na sede da associação na incubadora de empresas Play, da Universidade Lusófona, em Lisboa.

O grupo poderá depois ter "um efeito multiplicador" na disseminação do conhecimento quando regressar a casa, acrescentou Laura Vidal.

As actividades na Guiné-Bissau contaram com o apoio e parceria da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Centro Norte-Sul do Conselho da Europa, Grupo Lusófona e Centro Cultural Brasil-Guiné-Bissau.

A semana de formação culminou na segunda-feira com um debate sobre o Plano Estratégico para a Juventude da CPLP, ratificado na IX Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade, realizada em julho de 2014, em Díli, Timor-Leste.

As conclusões e contributos dos participantes vão dar origem a uma recomendação final que será encaminhada para a próxima Conferência de Ministros da Juventude e Desportos da CPLP, em julho, em Moçambique.

A associação Conexão Lusófona "procura que o Plano Estratégico se materialize", referiu Laura Vidal, lamentando que careça de "mecanismos de execução".

Como ponto de partida, aquela responsável defendeu que "os jovens devem ser chamados para tudo o que seja conferências de ministros da CPLP. Deve haver formas mais ousadas de participação dos jovens e as autoridades políticas devem criar essa abertura".

Por outro lado, "o sector privado pode também ser convidado" e com isso ganhar um mercado mais forte, graças a uma geração mais bem formada, que pode depois criar os seus próprios negócios.

"Por vezes, os governos só pensam nos grandes grupos económicos, mas é muito importante pôr os jovens a mexer", concluiu.

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