Mais de cinco mil munições foram apreendidas deste o início do ano pelos serviços da Alfândega do Mindelo, na ilha cabo-verdiana de São Vicente, disse hoje à Lusa o comandante da Guarda Fiscal na ilha.
Segundo Albertino Cruz, a mais recente apreensão aconteceu em julho, mas só agora foi divulgada porque os serviços da Alfândega estavam à espera que os donos aparecessem para reclamar a carga, o que não chegou a acontecer.
Albertino Cruz informou à Lusa que as balas, de calibre 12 milímetros, que chegam em bidões em barcos provenientes de países como Portugal, Bélgica, Estados Unidos ou Luxemburgo, são normalmente usadas nas pistolas de fabrico artesanal, as chamadas "boca-bedju".
Também informou que várias pessoas com hábito de caça de galinha-do-mato na ilha de São Nicolau já foram à Alfândega levantar volumes contendo munições.
Só no mês de julho foram três apreensões, duas com mais de duas mil munições cada e outra com cerca de mil, mas, disse o responsável, desde o início do ano aconteceram outras. Até agora, disse, já foram apreendidas também quase quatro mil unidades de material pirotécnico.
O comandante da Guarda Fiscal do Mindelo salientou que as apreensões aumentaram porque desde novembro último foi instalado um scanner no Porto Grande do Mindelo por onde passam todas as pequenas encomendas.
Por isso, indicou que as pessoas estão agora mais alertas após a tomada desta medida e as apreensões poderão vir a diminuir na Alfândega do Mindelo.
Até agora, prosseguiu Albertino Cruz, várias pessoas já foram ouvidas em Tribunal, mas saíram em liberdade, sob Termo de Identidade e Residência (TIR).
Os materiais apreendidos nas Alfândegas são enviados à direção da Polícia Nacional (PN) cabo-verdiana, que deverá fazer a sua destruição, mas mediante um parecer do Tribunal.
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| (foto da net) |
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