Em declaração de imprensa, órgão cita apreensão com prolongamento de roteiro de transição e atraso nas eleições, que estavam inicialmente marcadas para este ano.
O Conselho de Segurança revelou, esta segunda-feira, que está
preocupado com os atrasos nas decisões sobre a organização das eleições
na Guiné-Bissau. O órgão condenou as recentes violações dos direitos
humanos no país.
As autoridades de transição guineenses adiaram para 16 de março do
próximo ano a votação para as presidenciais e legislativas,
anteriormente agendadas para finais de novembro.
Situação Frágil
Em comunicado de imprensa, o Conselho refere que o governo de
transição deve garantir que não haja mais demora ou adiamento, que podem
afetar a já frágil situação económica, de segurança e humanitária.
A deterioração das condições de segurança é outro motivo de apreensão
do Conselho, que menciona vários casos de violações dos direitos
humanos.
Entre eles estão atos de violência contra pessoas e bens,
intimidação, ameaças de terrorismo e as restrições à liberdade de
expressão e de reunião. O documento cita que "em vários casos, tais atos
são levados a cabo por elementos armados do Estado e fora do Estado."
Liberdades
Na semana passada, o representante do Secretário-Geral no país, José Ramos Horta, prestou um informe ao órgão.
O pronunciamento do Conselho deplora as violações e os abusos dos
direitos humanos e atos de violência ao citar a morte de um cidadão
nigeriano e o ataque a políticos, à população civil, a um funcionário da
ONU além da Embaixada da Nigéria em Bissau.
Processo Eleitoral
A repetida ingerência dos militares em assuntos civis é veementemente
lamentada pelo Conselho, que apela aos militares que respeitem a ordem
constitucional, incluindo o processo eleitoral. O órgão exige que as
forças armadas submetam-se totalmente ao poder civil.
A declaração considera fundamental que as autoridades de transição e
outras partes interessadas continuem comprometidos em garantir a
restauração da ordem constitucional no país. As partes foram exortadas a
continuar a tomar medidas para garantir uma melhor execução do
recenseamento eleitoral.
O Conselho exorta ainda as partes interessadas na Guiné-Bissau para
promover o princípio do consenso para resolver as questões pendentes de
uma maneira pacífica.
(in:onu)
Sem comentários:
Enviar um comentário