O brasileiro Carlos Alves Moura foi nomeado representante especial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a Guiné-Bissau, anunciou hoje a organização.
Carlos Alves Moura, que foi representante temporário da CPLP na
Guiné-Bissau entre 2004 e 2006, vai ser formalmente apresentado em
reunião extraordinária do Comité de Concertação Permanente, na
quarta-feira, às 09:30, na sede da organização lusófona, em Lisboa.
Em representação da CPLP, Carlos Alves Moura chefiou também a missão de
observação eleitoral às legislativas de 2012 em Timor-Leste.
Formado em Direito, Carlos Alves Moura iniciou a vida profissional como
advogado de sindicatos e da Federação de Trabalhadores Rurais do Estado
do Rio de Janeiro, segundo informação publicada na página da Fundação
Cultural Palmares.
Carlos Alves Moura foi coordenador geral do Centro Nacional de
Informação e Referência da Cultura Negra, órgão da Fundação Cultural
Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura do Brasil.
Fundador do Centro de Estudos Afro-brasileiros, do qual foi presidente,
Carlos Alves Moura foi também assessor para os assuntos de cultura
afro-brasileira no Ministério da Cultura do Brasil.
Defendendo as "reivindicações das entidades do movimento negro", Carlos
Alves Moura teve uma actuação "decisiva para a criação da Fundação
Cultural Palmares, em 1988, da qual foi o primeiro presidente, voltando
ao cargo em 2001", pode ler-se na página da fundação brasileira.
Entre 2003 e 2007, participou do Conselho Nacional de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial, órgão da Secretaria Especial de Políticas
de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República do Brasil.
A Guiné-Bissau vive desde abril de 2012 um período de transição após o
golpe de Estado e está prevista a realização de eleições gerais a 16 de
março deste ano, que estiveram inicialmente previstas para 24 de
novembro de 2013, mas foram adiadas devido a atrasos no financiamento e
no recenseamento eleitoral.
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