Carta aberta de dirigente partidário da Guiné-Bissau denuncia ameaças de morte
O presidente do Partido
Manifesto do Povo, Faustino Imbali, divulgou hoje uma carta aberta
dirigida ao presidente de transição da Guiné-Bissau, em que se
queixa de estar a ser alvo de ameaças de morte e espancamento.
"Altos dirigentes do Partido Manifesto do Povo
estão a ser sistematicamente ameaçados de espancamento e morte
através de chamadas telefónicas, supostamente por agentes da defesa
e segurança de Estado", refere o documento.
A carta aberta pretende denunciar "a campanha
de ameaça e intimidação" enquanto o partido faz contactos com
a população em vários pontos do país, com vista às eleições
gerais de 16 de março.
Faustino Imbali explicou à agência Lusa que as
"ameaças verbais" foram testemunhadas por terceiros, já
duram há alguns meses e deverão ter motivações políticas.
O Partido Manifesto do Povo é um dos pequenos
partidos da Guiné-Bissau, nunca esteve representado no parlamento e
escolheu na última semana Faustino Imbali como candidato à
presidência do país.
Imbali já foi ministro dos Negócios Estrangeiros
do Governo de transição, tendo sido saído na remodelação
governamental de maio de 2013, dando o lugar a Fernando Delfim da
Silva.
Já foi primeiro-ministro e ministro dos Negócios
Estrangeiros sob a presidência de Kumba Iala, que depois o mandou
prender sob alegação de ter desviado dois milhões de dólares que
a Nigéria ofereceu ao país para apoiar os militares.
Esteve também detido durante cerca de dois meses em
2009 acusado de envolvimento numa alegada tentativa de golpe de
Estado contra o então primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
(in: lusa)
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