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Joseph Pulitzer

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Éder: salário de 400 euros e golos em troca de febras

Ponta-de-lança da seleção nacional cresceu e viveu numa instituição até aos 18 anos. Após ter sido "caso de polícia" na Académica, chega ao Mundial 2014.



(foto:Reuters)
 
Éderzito teve uma infância diferente da dos demais colegas. Nascido na Guiné-Bissau, viajou com os pais para Lisboa aos três anos, mas as dificuldades financeiras dos seus progenitores levaram a que tivessem que o entregar a uma instituição. Foi no Lar Girassol, instituição nos arredores de Coimbra que acolhe crianças cujos pais não têm meio para as sustentar, que Éder cresceu.

Inicialmente, o futebol era uma ocupação no recreio, com muitos vidros partidos pelo meio, o que levou a que Éder fosse várias vezes castigado - ora ir para a cama mais cedo, ora não poder ver televisão. No entanto, um professor levou-o a fazer testes nas camadas jovens do Adémia e por lá Éder permaneceu até aos 18 anos, altura em que o Tourizense lhe acenou com um contrato de 400 euros por mês. Do primeiro salário, a maior parte foi enviada para a mãe.

Para trás ficaram as recordações de um Lar que visita sempre que pode e dos golos à troca de... febras. Um proprietário de um talho, adepto do Adémia, fez um acordo com Éder, ao prometer-lhe uma febra em troca de cada golo. Ao fim-de-semana, por norma, havia almoçarada.
 
 
 

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