O ministério da Justiça da Guiné-Bissau iniciou uma formação sobre noções básicas de direitos humanos para directores e guardas prisionais
A acção de formação, que junta 22 pessoas, incluindo assistentes
sociais nos centros penitenciários do país, é promovida pelo Governo de
transição e conta com o financiamento do Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (PNUD).
(foto: lusa) |
Em declarações à agência Lusa, Mussá
Baldé afirmou que o seminário, o primeiro do género no país, servirá
para munir os profissionais dos serviços de detenção "de conhecimentos
básicos" em matérias como os direitos, liberdade e garantias
constitucionais dos detidos.
No seminário que deve terminar na
quinta-feira os presentes irão receber informações sobre o direito
penitenciário guineense, aspetos processuais e convenções
internacionais, os efeitos persuasivos da prisão na sociedade, o
processo de execução de penas ou o cumprimento de prazos processuais.
Sobre
este ultimo aspeto, o diretor-geral dos serviços prisionais afirmou ter
dado ordens expressas aos guardas e diretores de centros de detenção de
que, doravante, ninguém pode ser detido sem um mandado judicial.
Mussá
Baldé admitiu que "no passado" ocorreram situações de prisões sem
mandado, mas que refere que tal tende a acabar, desde que foi designado
responsável pelos serviços prisionais, há cerca de dois anos.
"Os
advogados têm razão quando reclamam dessa situação e perante o
desrespeito pelos prazos legais de detenção", observou Mussá Baldé.
O
diretor-geral dos serviços prisionais destacou igualmente o facto de,
pela primeira vez no país, existir a figura de assistente social nas
prisões, ao apontar as melhorias em curso no sistema judicial.
Questionado
sobre o número atual da população prisional na Guiné-Bissau, Mussá
Baldé afirmou que andará entre as 110 e 115 pessoas, repartidas entre o
centro de detenção preventiva da Policia Judiciaria, em Bissau, o centro
de reabilitação de Mansoa (norte) e o centro de detenção de pessoas já
condenadas de Bafatá (leste).
Não existem menores em regime de detenção ou prisão na Guiné-Bissau, observou Mussá Baldé.
(in:lusa)
Sem comentários:
Enviar um comentário