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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Movimento Nacional da Sociedade Civil apela a Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO



O Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento da Guiné-Bissau, dirigiu uma carta aberta aos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, segundo comunicado enviado à PNN.

A mensagem dirigida aos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO surge na sequência da 17.ª Cimeira Extraordinária da organização, que vai decorrer a 25 de Outubro, em Dakar, no Senegal, onde estará presente o movimento através do seu Presidente, Jorge Gomes, e de várias organizações membros da Plataforma da Sociedade Civil de África Ocidental (FOSCAO).

«O acontecimento de 12 de Abril de 2012, que culminou com um golpe de Estado, mexeu profundamente com as relações que vinham a ser estabelecidas entre o país e os seus parceiros de desenvolvimento e, como consequência, o país conheceu uma inédita situação de abandono», lê-se na carta, que refere também que, «apesar da grande importância da presença da CEDEAO no país, a sua intervenção no processo de transição foi apenas de apoio às autoridades nacionais, tendo deixado de lado a população, ou melhor, a sociedade civil, tendo em conta a não existência de um mecanismo de acompanhamento fora dos circuitos formais».

A mensagem refere ainda as situações que se têm verificado no país, como a ausência da garantia dos serviços básicos, a falta de pagamento de salários na função pública, as violações de direitos humanos, a corrupção e outras formas de criminalidade, onde o actual poder político é acusado de falta de interesse na realização de eleições.

Neste sentido, o Movimento Nacional da Sociedade Civil apelou a um maior envolvimento dos parceiros da Guiné-Bissau no processo de transição em curso.

«A Comunidade Internacional em geral e a CEDEAO em especial devem participar mais na definição da agenda política da transição, envolvendo-se ainda mais no processo de recenseamento, de fixação da data de eleições, no acompanhamento da gestão dos fundos disponibilizados e, sobretudo, no seguimento da percepção da população em relação aos aspectos de segurança e dos direitos humanos no país», relata o comunicado dirigido aos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO.


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