Os funcionários da Televisão da Guiné-Bissau (TGB) iniciaram hoje uma greve de 15 dias para reclamarem subsídios em atraso, melhoria de condições e esclarecimento do quadro jurídico da única estação de televisão do país.
De acordo com Zaim Pereira de Jesus, porta-voz da
comissão da greve, a TGB está parada desde as zero horas de hoje e assim
vai ficar durante duas semanas se o Governo não atender as
reivindicações dos trabalhadores.
"Fizemos uma primeira greve de
três dias, mas não recebemos nenhuma resposta satisfatória em relação às
nossas exigências, pelo que decidimos avançar para esta nova
paralisação de 15 dias", disse Pereira de Jesus.
O porta-voz da
comissão da greve adiantou à agência Lusa que o Governo, através do
director-geral da comunicação social, Humberto Monteiro, se reuniu hoje
com todos os funcionários da televisão.
"Pelas promessas que
estamos a ouvir, nem sabemos se são realizáveis",disse Zaim Pereira de
Jesus, sublinhando que a greve só será levantada mediante o cumprimento
integral das exigências do sindicato.
Durante os dias da greve, a
TGB, única estação de televisão na Guiné-Bissau, terá um serviço mínimo
com o telejornal de 15 minutos no qual serão apresentadas apenas
notícias internacionais e ainda a "situação de precariedade" da estação,
observou Zaim Pereira de Jesus.
"É bom que os telespectadores vejam as condições em que trabalhamos na televisão", disse o sindicalista.
A
greve visa também exigir do Governo um esclarecimento sobre se a TGB é
ou não uma empresa pública, a revisão da grelha salarial, que não
acontece há mais de 20 anos, o pagamento de três meses do chamado
complemento salarial (mais nove meses do mesmo subsidio referente ao ano
2007) e ainda a melhoria das condições laborais.
(in:lusa)
Sem comentários:
Enviar um comentário