O ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação disse que, após consultas com a CPLP, seu país vai analisar a demanda para a realização do pleito. No início de outubro, o primeiro-ministro Xanana Gusmão visitou o país africano.
De acordo com o ministro timorense dos Negócios Estrangeiros e da
Cooperação, José Luís Guterres, o Timor-Leste se colocou à disposição
para auxiliar a Guiné-Bissau na realização das eleições.
"Em relação à matéria de questões políticas, obviamente serão
decididas a nível de CPLP. Mas há muito interesse da parte de
Timor-Leste em saber da situação que se viu na Guiné-Bissau", afirmou.
Segundo ele, a ajuda será dada após consultas com a Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP), que está a acompanhar a situação
guineense desde o golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
Durante sua passagem por Nova York, Guterres ainda falou sobre a
cooperação entre os dois países. "Timor-Leste, por causa da
solidariedade fraternal que nós temos, sente a obrigação de fazer algo
pelo povo da Guiné-Bissau. Abrimos na Guiné-Bissau a nossa agência de
cooperação e o objectivo é dar apoio à população, apoio de emergência
assim como incentivar a produção agrícola", detalhou.
No começo de outubro, o primeiro-ministro do Timor-Leste, Xanana
Gusmão, visitou a Guiné-Bissau como parte da cooperação entre os dois
países. Além disso, a missão da ONU em Bissau é liderada pelo
ex-presidente timorense e Prêmio Nobel da Paz, José Ramos Horta.
As eleições
As eleições presidenciais e legislativas guineenses estão marcadas
para 24 de novembro, mas autoridades do país indicam que questões
técnicas podem atrasar a realização do pleito.
De acordo com o Escritório da ONU em Bissau, cálculos iniciais
sugerem que o processo a culminar com a votação poderia custar até US$
20 milhões, a serem financiados pela comunidade internacional.
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