O número de cartões para telemóveis ativos na Guiné Bissau mais do que triplicou em cinco anos, passando de 332 mil em 2007 para 1,1 milhões no final do ano passado, de acordo com a consultora Telegeography.
(foto: web) |
Em junho deste ano, havia 1,3 milhões de cartões ativos, o que
representa uma taxa de penetração de 73,6%, sendo o mercado liderado
pela sul-africana MTN, com mais de metade da quota de mercado das três
operadoras existentes no país.
"A Guiné-Bissau, consideravelmente mais pequena que as antigas
colónias portuguesas Angola e Moçambique, também tem um ambiente
económico menos favorável à captação de investidores", diz à Lusa o
analista sénior da consultora britânica TeleGeography, especializada no
negócio das telecomunicações à escala mundial, Tom Shepherd.
Os problemas sociais, no entanto, "não afastam por completo os
investidores, já que em praticamente todos os países do mundo há uma
procura de comunicações móveis que alguém tem de oferecer", acrescenta
Shepherd.
O mercado da Guiné-Bissau é dominado pela sul-africana MTN, com mais
727 mil assinaturas, seguido da Orange Bissau, operada por senegaleses.
A Portugal Telecom, depois de muito tempo a negociar com o Governo,
saiu do país, ficando o Executivo com o controlo da Companhia de
Telecomunicações da Guiné-Bissau e com a sua subsidiária para o setor
móvel, a Guinetel, sendo que o objetivo é vender as duas na esperança de
que um investidor internacional possa fazer avançar este setor.
"Ao contrário de Angola e Moçambique, não existe tecnologia 3G na
Guiné-Bissau; a MTN oferece acesso à internet via GPRS, mas a grande
inovação foi introduzida pela Orange Bissau, que apresentou serviços
EDGE mais rápidos, bem como a possibilidade de fazer chamadas
telefónicas através de wi-fi recorrendo ao VoIP (Voice over Internet
Protocol)", explica o analista.
in: lusa)
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